A Microsoft descobriu em sistemas de telecomunicação na ilha de Guam, na Oceania, um código de computador “misterioso” aparecendo no entorno da base militar dos Estados Unidos na região.
A empresa diz que o código foi instalado por um grupo de hackers chineses e que estaria ligado ao governo em Pequim, segundo o jornal The New York Times.
O caso está sendo agora apurado pelo governo americano.
O tema levantou alertas em Washington porque Guam é uma das mais importantes bases chinesas no Pacífico e o principal ponto a ser usado no caso de uma guerra entre China e Taiwan.
Espionagem
O código descoberto pela Microsoft é um tipo de “WebShell” – o dispositivo permite que um servidor seja acessado remotamente. Roteadores domésticos são particularmente vulneráveis e podem ser usados como caminho para os invasores.
A Microsoft diz que o grupo responsável se chama “Volt Typhoon” e seria patrocinado pelo governo chinês, com esforços para mirar infraestruturas críticas, como comunicações, eletricidade e transportes marítimos. A leitura é que, por ora, os invasores descobertos estavam em fase de tentativa de espionagem, e não de ataques diretos.
“O Volt Typhoon está ativo desde meados de 2021 e tem como alvo organizações de infraestrutura crítica em Guam e em outras partes dos Estados Unidos”, disse a Microsoft, em nota.
A Agência de Segurança Nacional dos EUA, em colaboração com países como Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá, publicou um relatório de 24 páginas com detalhes sobre o código descoberto pela Microsoft e alertas sobre o que chamou de um “cluster de atividade recentemente descoberto” vindo da China.
Com informações do Metrópoles