A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção para o crescimento de casos de sarampo no mundo. Vários países têm registrado um aumento de casos, especialmente os do continente europeu.

Em 2022, a Europa registrou 941 casos. Em 2023, de acordo com balanço da OMS divulgado na última quinta-feira (25/1), 42,2 mil pessoas foram infectadas.

Também houve um aumento expressivo de casos na Austrália, nos Estados Unidos, na Índia e no Paquistão.

No Brasil, após alguns surtos nos últimos anos, o país não registrou nenhuma vítima do vírus em 2023. No entanto neste ano, um caso importado foi confirmado no Rio Grande do Sul em 24 de janeiro. Uma criança paquistanesa que veio para o país foi confirmada com o vírus.

Foco na vacina

Em artigo publicado nessa quarta-feira (31/1) no site de divulgação científica The Conversation, a médica australiana Jaya Dantas, reitora da Universidade de Curtin, falou sobre a importância das vacinas na prevenção da doença.

“Já temos um imunizante extremamente eficaz para a proteção: a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). Uma vez vacinado, a chance de contrair a doença é muito baixa e você é considerado protegido para o resto da vida”, explicou a especialista.

No Brasil, a vacina que protege contra o sarampo é distribuída gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano até adultos de 59 anos.

“Nos últimos anos tivemos uma diminuição da confiança nas vacinas, além de desinformação e dificuldades no acesso, que diminuíram as coberturas vacinais. É fundamental fazer campanhas para educar os pais e a comunidade em geral sobre a importância das vacinas”, completa a especialista.

O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença viral altamente infecciosa. Ele se espalha por meio de pequenas gotículas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. A doença é transmitida pelo Measles morbillivirus.

Entre os principais sinais da doença estão manchas vermelhas na pele e febre alta (acima de 38,5°), acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso.

A transmissão ocorre entre os 6 dias anteriores e os 4 dias posteriores ao aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.

Com informações Metrópoles