Alejandro Triana Prevez, um cubano de 30 anos, acusado do assassinato do galerista norte-americano Brent Sikkema no Rio de Janeiro, afirmou em seu depoimento à polícia civil do Rio de Janeiro que o homicídio foi encomendado pelo ex-marido da vítima, Daniel Sikkema.
Fontes policiais confirmaram essa informação, acreditando que o crime foi motivado por disputas financeiras, já que o ex-casal estava envolvido em litígios sobre algumas propriedades em Cuba.
Alejandro também afirmou que receberia uma quantia de U$ 200 mil para cometer o crime, e relatou que o ex-marido da vítima lhe entregou a chave para entrar no imóvel.
Agora, a polícia civil do Rio de Janeiro busca a prisão do ex-marido do galerista. Segundo os policiais, ele está em Nova York e é cubano, mas tem cidadania americana. Nesse caso, as autoridades brasileiras precisariam do consentimento da Justiça dos Estados Unidos.
Em comunicado à imprensa, a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o inquérito sobre o caso foi concluído no dia 7 de fevereiro, com o indiciamento do autor do homicídio e do ex-companheiro da vítima, apontado como mentor intelectual e principal interessado no crime.
Os detalhes adicionais foram revelados por Alejandro aos investigadores durante um interrogatório conduzido por agentes da Delegacia de Homicídios, em 30 de janeiro, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Desde que foi capturado, quatro dias após o crime, em um posto de gasolina em Uberaba, Minas Gerais, o cubano negava sua participação no caso, apesar das evidências da polícia, que o mostram entrando no apartamento da vítima na noite do crime.
A nova oitiva foi marcada a pedido da defesa do suspeito. Segundo o advogado Greg Andrade, durante as quatro horas de interrogatório, Prevez foi colaborativo e forneceu novas informações que podem levar a investigação a um novo rumo e até esclarecer o crime.
O caso remonta a 15 de janeiro deste ano, quando o galerista americano Brent Sikkema foi encontrado morto em seu imóvel no Jardim Botânico, na Zona Sul da capital carioca. Câmeras de vigilância indicam que o crime ocorreu durante a madrugada do dia anterior. A perícia revelou que a vítima já estava inconsciente quando sofreu cerca de 18 golpes de faca. Seu corpo foi encontrado com o rosto coberto por um pano por uma amiga.
As investigações da Delegacia de Homicídios também descobriram que o suspeito já conhecia Sikkema e seu marido, também cubano, pois se encontraram entre julho e agosto do ano anterior.
Com informações CNN