A
Justiça do Rio de Janeiro, em decisão liminar concedida nesta quinta-feira (18),
suspendeu as punições aplicadas ao ex-presidente Rogério Caboclo pela Comissão de Ética
da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além de retirar o segredo do caso. Assim,
fica aberto o caminho para que ele recupere os direitos políticos e
desportivos.
A decisão é da juíza Flavia de Almeida Viveiros de
Castro, titular da 6ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca. Segundo a defesa de
Caboclo, não foram ouvidas testemunhas e não foi permitido o interrogatório sob o
contraditório no processo que decidiu pelo afastamento do então presidente da CBF,
argumentos aceitos pela magistrada.
Acusado de assédio sexual e
moral por uma colaboradora da CBF, Caboclo foi inicialmente punido com 21 meses e
afastado em 2021. Posteriormente, acusado de assédio moral por um diretor da CBF, ele
tomou mais 20 meses de punição da Comissão de Ética. Eleito em 2018, não retomou o
mandato, que iria até 2023.
“A decisão proferida, ainda em fase
liminar, é de suma importância, já que Rogério não responde a qualquer processo judicial
decorrente dos fatos geradores do procedimento cuja suspensão foi determinada”, diz nota
elaborada pelos advogados Luiz Paulo de Sequeira Junior e Thiago Marchi
Martins.
“O que se busca é o reconhecimento das graves nulidades
deste procedimento julgado pela Comissão de Ética, não sendo razoável que Rogério
permaneça alijado de suas atividades até que a decisão definitiva seja tomada”,
completam os representantes do ex-presidente da CBF.
Com o
afastamento de Rogério Caboclo, o atual presidente da CBF é Ednaldo Rodrigues.
Recentemente, sem sucesso na tentativa de contratar o italiano Carlo Ancelotti, ele
decidiu dispensar Fernando Diniz para colocar o técnico Dorival Júnior no comando da
Seleção Brasileira.
Com informações
CNN