Fãs de Taylor Swift encaram chuva e horas de fila para primeiro show em São Paulo

Equipados com capas de chuva, banquinhos e as famosas pulseiras da amizade feitas de miçangas, os fãs de Taylor Swift já aguardavam na fila, na manhã desta sexta-feira (24), para o primeiro show da cantora norte-americana em São Paulo. Após uma passagem conturbada pelo Rio de Janeiro, a artista apresenta a turnê The Eras Tour na capital paulista, com shows também no sábado (25) e domingo (26).

As apresentações acontecem no estádio Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo, e o mau tempo não impediu que os fãs chegassem cedo para garantir um bom lugar e assistir de perto à loirinha, como a artista é chamada. Em entrevista ao R7, Sávio Lameira, de 19 anos, contou que viajou sozinho do Amapá para comparecer ao show e madrugou para conseguir um dos primeiros lugares na fila.

 

“Às 4h30, saí de Itaquera, cheguei aqui às 6h15. Vou ver só esse show de hoje.  Estou animado, ansioso com a possibilidade da Paula Fernandes aparecer”, disse o “swifitie”, apelido dado aos admiradores de Taylor.

As ruas em torno do estádio já estão sendo fechadas para a circulação de carros, e os fãs tomam conta das vias. Eles chegaram ao local ao longo de toda a manhã. Acompanhado de amigos, Neto Braz, de 28 anos, entrou na fila às 10h. Entretanto, ele já acompanhou os outros três shows que a artista fez no Brasil.

Neto é de Goiás e vai a todos as apresentações de Taylor Swift no Brasil — e mais uma em Paris, na França, no próximo ano. Apenas com os ingressos para os shows em São Paulo e no Rio, o fã calcula ter gastado cerca de R$ 12 mil, mais os custos de passagens, hospedagem e alimentação.

“A gente foi em todos os shows no Rio e vai assistir os três aqui de São Paulo também. Gastei muito dinheiro. Cada ingresso foi em torno de R$ 2 mil. Todo mundo cresceu com Taylor Swift, então, não dá para colocar uma data desde quando sou fã, ela está presente há muito tempo”, explica ele.

No Rio de Janeiro, Neto esteva na pista premium do primeiro show, quando a sensação térmica dentro do estádio chegou a 60 °C, e foi marcado pela morte de Ana Clara Benevides. “Foi a pior experiência do mundo. A gente estava na pista premium, mas não perto da aglomeração, na grade do fundo da premium. A organização só melhorou no último show, no show de segunda-feira (20), que era para ter acontecido no sábado (18). Realmente, teve uma diferença em questão de organização e distribuição de água. As pessoas estavam até mais empáticas, deixando sair para ir ao banheiro e beber água. No domingo (19), estava basicamente a mesma coisa”, recorda.

Após os acontecimentos na capital fluminense, fãs contaram estar preocupados com a situação em São Paulo, mas tem a expectativa de que a organização tenha se preparado melhor. “Fiquei preocupada, mas já imaginei que, depois do que aconteceu lá, estaria mais organizado aqui. Tenho fé que vai dar certo”, diz Sara Dip, de 40 anos, que foi ao show para acompanhar a filha, Sofia, de 11.

Sara e a família chegaram cedo na fila, por volta das 11h. Além dos perrengues já esperados, ela está grávida de 6 meses e preparada para passar o dia de pé. “A alegria dela vale tudo. Estamos na posta premium, não tem cadeira, a mãe está firme. Estou grávida de 6 meses. Chegamos aqui às 9h30, estou preparada, aguento firme. Já estou acostumada a ir em show, adoro música e estou acostumada a ir em show”, comenta.