Na garupa de uma moto em alta velocidade e sem capacete, Mauro Davi Nepumuceno, o Oruam, publicou em suas redes sociais um vídeo comemorando a soltura de Marlon Brandon Coelho, o MC Poze.
Até a mais recente atualização desta reportagem, a Secretaria de Administração Penitenciária não havia sido notificada da decisão, sendo assim, MC Poze continuava no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó.
Em nota enviada à coluna, a pasta escreveu que: “A Seap informa que, até o momento, não recebeu nenhuma decisão referente à soltura de Marlon Brendon Coelho, conhecido artisticamente como MC Poze do Rodo. Após o recebimento do alvará de soltura, ele poderá sair em liberdade a qualquer momento”.
No vídeo publicado, Oruam aparece na garupa da moto e grita repetidamente: “Liberdade, PZ. Liberdade cantou”.
Desde que MC Poze foi preso, na quinta-feira (29/5), Oruam se manifestou por diversas vezes, chegando a chamar os policiais de “covardes” e afrontando as forças de segurança.
Decisão
A coluna teve acesso à decisão da Justiça do Rio de Janeiro. No documento, o desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, destacou que a medida de prisão não se sustentava, pois “não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão para a investigação.”
“O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade”, escreveu o desembargador.
Na decisão, o desembargador avaliou determinou o cumprimento de medidas cautelares pelo artista.
Confira as medidas:
- Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades.
- Não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus.
- Permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário.
Proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo. - Proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho.
- Obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário.
- Apologia, tráfico e armas em baile.
Fonte: Metrópoles