Durante 10 dias, as forças de segurança estaduais e federais estarão integradas na “Operação Ágata”, que visa combater e prevenir crimes transfronteiriços e ambientais, como o garimpo ilegal, tráfico de drogas, armas e munições. Serão realizadas ações estratégicas que vão desde a vigilância do espaço aéreo até a patrulha e inspeção dos principais rios e estradas que dão acesso ao Brasil por meio do Amapá e do Norte do Pará.
A operação é coordenada pelo Ministério da Defesa e Justiça e está inserida ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, do Governo Federal, que prevê a cooperação técnica, de inteligência e de logística entre os órgãos envolvidos. O efetivo com mais de 600 agentes conta com homens da Polícia Militar do Amapá e Polícia Civil.
O comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, o general Roberto Furtado, reforça o grande esforço logístico para realizar atividades dessa envergadura. As operações contaram com embarcações e viaturas especializadas da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB), além dos serviços da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (ABI).

“Nós incrementamos a capacitação técnica do nosso efetivo profissional ampliando as ações ligadas aos exercícios de tiro e técnicas especiais visando exatamente atender as demandas desse tipo de operação de duração limitada, o que nos permite uma maior efetividade durante o tempo de execução. Temos várias frentes para trabalhar e acreditamos que mesmo não resolvendo o problema por completo, iremos dar uma resposta à altura para a sociedade”, explicou o general.
Ações cívico-sociais
Além do trabalho ostensivo, a operação também busca diminuir os reflexos negativos ao desenvolvimento socioeconômico da região, assim como os índices de criminalidade nos centros urbanos e no campo, para desafogar os sistemas de segurança e de saúde pública.
Em parceria com outras instituições, serão promovidas ações cívico-sociais na Zona Urbana e aldeias indígenas dos municípios de Amapá, Calçoene e Oiapoque. Na ocasião, serão realizadas atividades de prevenção e higiene bucal, atendimentos odontológicos e atendimentos médicos.
Durante os serviços, estarão envolvidos 12 acadêmicos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e odontologia da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e do Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior (Immes). Os discentes serão supervisionados por militares do quadro de saúde do Exército.
A Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Serviço Social do Comércio (Sesc) atuarão em carretas equipadas com consultórios e gabinetes odontológicos, e a Defensoria Pública do Estado do Amapá prestará serviços jurídicos aos moradores dos munícípios envolvidos.
Também apoiam a “Operação Ágata”, o Ministério Público do Estado (MP-AP), a Agência Nacional de Mineração, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Com informações Ascom/Gea