Uma foto feita logo após um parto realizado no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), mostra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, excitado ao lado de uma paciente que teria sido sua primeira vítima.
Giovanni foi preso em julho ao ser filmado por colegas de equipe colocando o pênis na boca de uma grávida dopada dentro do centro cirúrgico.
Segundo o advogado da mulher que aparece na foto, Joabs Sobrinho, Giovanni usou um nome falso para se apresentar à suposta vítima e a sedou várias vezes para cometer o abuso. Sobrinho afirma que o anestesista aproveitou que a gestante estava desacompanhada para acariciá-la e tocá-la nas partes íntimas.
“Ela ficou tão sedada — ele ficou reiteradamente apagando ela — que só foi acordar 16h [o procedimento começou às 8h].”
Veja a imagem:
“Ele abusou dela desde o começo. Trocou o nome. Já tinha intenção de fazer isso e começou a abusar dela. A amiga que a acompanhava só entrou quando a criança estava nascendo, tirou a foto e depois foi lá pra fora”, afirmou o advogado.
De acordo com Sobrinho, a equipe médica resolveu gravar a ação de Giovanni depois de presenciar o assédio cometido contra a sua cliente. A grávida que aparece na filmagem que desencadeou a prisão do anestesista teria sido a terceira vítima naquele dia. O advogado acusa a equipe de omissão.
“Eles deixaram acontecer todo o abuso que ela estava sofrendo naquele momento porque não conseguiram gravar. Foram tentar filmar o segundo parto e não ficaram boas as imagens. Eles foram para o terceiro parto, que acabou na prisão dele”, diz.
O julgamento de Giovanni Quintella começou nessa segunda-feira (12), cinco meses após a prisão em flagrante. Ele responde por estupro de vulnerável, cuja pena varia entre 8 e 15 anos de reclusão.
Além do caso em que foi filmado, a polícia investiga outros cinco relatos de abuso, incluindo, o da mulher que Sobrinho representa. A expectativa é que seja apresentada uma nova denúncia ao Ministério Público.
Com informações do Metrópoles

