A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do governo paulista transferiu de unidade três funcionárias do sistema penitenciário após descobrir que elas eram ameaçadas de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As servidoras foram transferidas da Penitenciária Feminina no Carandiru para a Penitenciária Feminina de Santana, ambas na zona norte da capital paulista.
A medida ocorreu após a interceptação de uma carta direcionada a uma presa do regime semi-aberto que seria do PCC, em dezembro do ano passado.
Na carta, à qual o Metrópoles teve acesso, uma outra presa do semi-aberto, de nome “Juliana”, relata a intenção dos “irmãos do PCC” em matar as funcionárias. “Foi colocado os nomes das guardas para os irmãos (sic)”, diz um dos trechos (veja abaixo).
No boletim de ocorrência, as vítimas relatam que foram alertadas sobre o plano por outras agentes penitenciárias.
O motivo da ameaça seria uma desavença entre as servidoras e as detentas da unidade devido a questões disciplinares. As agentes estariam impedindo confraternizações com “batucadas” entre as presas.
Em nota, a SAP informou que “imediatamente após ter ciência dos fatos, adotou os procedimentos de segurança necessários e as medidas de acolhimento às servidoras, que foram transferidas para outras unidades e funções”.
A secretaria informou ainda que relatou o caso às autoridades policiais.
De acordo com sindicato que representa as policiais penais, a presa que seria a reponsável pela carta foi transferida, na última sexta-feira (10), para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, próximo à divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul, após solicitação da entidade.
Já a outra presa envolvida no caso, de acordo com o sindicato, progrediu para o regime aberto na terça-feira passada (7). Em nota, a SAP afirmou que a mulher é egressa do sistema prisional paulista “após receber alvará de soltura expedido pelo Poder Judiciário”.
Com informações do Metrópoles

