O agregador de pesquisa Ipespe Analítica, que monitora levantamentos de intenção de votos divulgados em 25 das 26 capitais brasileiras – a exceção é Boa Vista, sem registros disponíveis para uso da ferramenta, apontou na região Norte o melhor cenário para o PL conquistar prefeituras de capital nas eleições municipais de 2024.
Belém e Palmas são as capitais em que o PL tem nomes liderando o agregado das pesquisas publicadas em 2023. Paralelamente, é a região do país em que o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta mais dificuldade: nenhum nome vinculado à sigla consegue ir além da quinta colocação.
Na capital paraense, o deputado federal Éder Mauro (PL) surge com 18%, 5 pontos à frente do atual prefeito e aliado de Lula, Edmilson Rodrigues (PSOL), e 7 a mais do deputado estadual Zeca Pirão (MDB) e Delegado Eguchi (PL), ambos com 11% – o agregador leva em conta os nomes apresentados aos entrevistados por diferentes institutos de pesquisa, daí a presença de dois nomes do mesmo partido e ambos vinculados ao bolsonarismo na cidade.
Vale lembrar que o eleito em 2024 vai administrar Belém durante a organização e realização da COP30, em 2025.
Em Macapá, o atual prefeito, Dr. Furlan (Podemos), não só é favorito, como aparece com o maior índice do agregador Ipespe Analítica em todo o país, com 67%. Nenhum de seus potenciais concorrentes consegue chegar aos dois dígitos no agregado dos levantamentos da capital amapaense realizados em 2023.
Veja o cenário:
Belém
- Éder Mauro (PL) – 18%
- Edmilson Rodrigues (PSOL) – 13%
- Zeca Pirão (MDB) – 11%
- Delegado Eguchi (PL) – 11%
- Thiago Araújo (Cidadania) – 8%
Macapá
- Dr. Furlan (Podemos) – 67%
- Josiel (União Brasil) – 9%
- Acácio Favacho (MDB) – 3%
- Aline Gurgel (Republicanos) – 3%
- Paulo Lemos (PSOL) – 2%
Como funciona o agregador
O agregador de pesquisas desenvolvido pelo Ipespe Analítica é um algoritmo que projeta a intenção de voto para prefeito a partir de levantamentos feitos por diversos institutos. Não é apenas somar os números e obter uma média. A metodologia usa estatística bayesiana e técnicas de aprendizado de máquina (machine learning). Leva em conta, por exemplo, o período em que as entrevistas foram feitas – quanto mais recentes, maior o peso no cálculo –, assim como o histórico dos institutos.
Trata-se de uma fotografia mais precisa do cenário eleitoral, quando comparado às pesquisas de forma individual. Isso porque, como ainda se trata de pré-candidaturas, pode haver diferença na lista de nomes apresentados aos entrevistados. Além disso, o agregador atualiza os dados tão logo seja divulgada uma nova pesquisa e permite a comparação ao longo do tempo na série histórica.
Com informações da CNN