A Gol está considerando solicitar a recuperação judicial nos Estados Unidos dentro de, no máximo, um mês. Segundo fontes envolvidas nas discussões, recorrer ao Capítulo 11 da lei de falências dos EUA é mais benéfico do que solicitar recuperação judicial no Brasil, pois proporcionaria, por exemplo, maiores oportunidades de financiamento internacional.
A empresa continua utilizando as próximas duas semanas para tornar possível um plano de reorganização de dívidas entre as partes interessadas e fora do âmbito judicial. Contudo, essa alternativa vem se tornando impraticável devido à diversidade de interesses em jogo. Existem credores financeiros, lessores (aqueles que alugam aeronaves) e stakeholders (investidores que possuem títulos de dívida da empresa).
Indivíduos envolvidos nas discussões argumentam que a melhor opção é iniciar um processo no Tribunal de Falência de Nova York, principalmente porque as normas lá são previsíveis.
Arrendadores preferem realizar negociações nos EUA pois, de acordo com eles, uma recuperação judicial no Brasil só permite prever o início, nunca o desfecho.
Embora tenham essa visão, eles acreditam que existe um risco, pois, ao contrário da Latam, a Gol tem uma operação menos estabelecida nos EUA. O processo poderia ser rejeitado, o que faria a empresa investir mais tempo e recursos para, no final, iniciar um processo no Brasil.
Com informações da Folha Destra