De acordo com o Delegado Ronaldo Entringe, no final do mês de outubro de 2019, o indiciado foi denunciado, por uma das filhas, por ter praticado atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a própria neta, de 5 anos de idade.
“A vítima começou a queixar-se de dor nas partes íntimas, além de vermelhidão no local.
A mãe da criança desconfiou que o seu pai (avô da vítima) estaria abusando dela. Ao registrar o boletim de ocorrência sobre o ocorrido, informou que o indiciado já havia feito as mesmas coisas com ela e com suas quatro irmãs, enquanto todas eram crianças.
Eu ouvi todas as filhas envolvidas, que, hoje, já são maiores de idade, e foi confirmado que o próprio pai cometeu estupro de vulnerável com as filhas e com a neta”, destacou o Delegado.
Em depoimento, o indiciado negou os fatos.
O indiciado já respondeu judicialmente por estupro em relação à filha que registrou o boletim de ocorrência e, agora, responderá por estupro de vulnerável em relação às outras quatro filhas e à neta.
O Delegado titular da DERCCA informou ainda que, em 2019, concluiu 319 inquéritos policiais, sendo, 175 deles, referentes ao crime de estupro de vulnerável.
“O crime de estupro de vulnerável é o mais recorrente contras as crianças e adolescentes, principalmente, no âmbito familiar. Quero que as vítimas confiem no trabalho da Polícia Civil e tenham a certeza de que o autor não ficará impune.
Além disso, quero deixar um alerta sobre a prescrição nesses casos, que é de 20 anos, ou seja, mesmo que a vítima já tenha atingido a maioridade, poderá realizar o registro da ocorrência para que o fato seja apurado criminalmente”, finalizou o Delegado.