O acompanhamento farmacoterapêutico é o serviço pelo qual o farmacêutico(a) analisa as condições de saúde e tratamento do paciente, com o objetivo de prevenir e resolver problemas da farmacoterapia, garantindo que os resultados terapêuticos sejam alcançados, por meio da elaboração de um plano de cuidado e acompanhamento do paciente. A Resolução n°585/13 do Conselho Federal de Farmácia regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico com objetivo de promover, proteger e recuperar a saúde do paciente.
2. Quem está habilitado a realizar esse acompanhamento?
O acompanhamento farmacoterapêutico é um serviço complexo que exige que o farmacêutico(a) além de estar devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua localidade, também possua a especialidade em Atenção Farmacêutica ou Farmácia Clínica, com conhecimentos em fisiopatologia, farmacoterapia, farmacologia, interações medicamentosas e metodologias para acompanhamento dos pacientes.
3. Quais os benefícios desse acompanhamento?
No atendimento clínico, o profissional farmacêutico(a) alerta o paciente da importância do tratamento na sua patologia. A falta do acompanhamento farmacêutico(a) pode acarretar no uso incorreto dos medicamentos, seja administração por via inadequada, dosagem errada ou até mesmo a falta de esclarecimento em relação às contraindicações. E esses erros podem gerar interações medicamentosas, reações adversas e um resultado insatisfatório.
O Atendimento Clínico Farmacêutico proporciona para o paciente um olhar mais cuidadoso em relação ao seu tratamento, acarretando na redução de erros de prescrição, diminuição no número de internações, atendimento individualizado, melhoria na qualidade de vida do paciente e otimização do processo terapêutico.
4. Como o profissional atua para que esses benefícios sejam alcançados?
O processo de acompanhamento farmacoterapêutico é basicamente composto por três principais fases: anamnese farmacêutica, interpretação de dados e processo de orientação. É realizado o procedimento de coleta de dados do paciente, por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer seu histórico de saúde, elaborando um perfil farmacoterapêutico e identificando as necessidades individuais, para posteriormente, promover as orientações necessárias ao paciente.
5. Já está sendo utilizado no nosso estado?
Esse trabalho é ainda desenvolvido de maneira tímida e pode ser encontrado em algumas redes de farmácias comunitárias (Drogarias) da rede privada, onde possuem o espaço de serviço ou consultório farmacêutico. Esses locais devem portar uma estrutura com uma sala adequada e organizada, oferecendo privacidade e conforto para o profissional e principalmente ao paciente.
6. Faça suas considerações finais sobre o tema.
Sabemos que a categoria tem muito a conquistar, como incentivo, conscientização e investimento do setor privado do segmento farmacêutico, quanto a importância desse serviço. A ampliação e implementação também na rede de saúde pública, seria de grande valia, além de minimizar internações e custos, garantiria a aderência do paciente ao tratamento, com impacto direto na segurança e eficácia, consequentemente promovendo melhoria na qualidade de vida da população em geral. Vale ressaltar a importância de obter um trabalho integrado com o médico, reportando sempre que possível, o plano de cuidado, intervenções e ajustes sugeridos ao paciente.
O farmacêutico(a) deve estar capacitado e concentrado no propósito de desenvolver uma atenção farmacêutica no que tange o acompanhamento farmacoterapêutico de excelência, garantindo assim resultados positivos da farmacoterapia, contribuindo com a saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas a partir de uma terapia medicamentosa eficiente.
Convidada
Farmacêutica Generalista CRF 283 AP.
Esp. Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica.
Pós graduanda em Saúde Estética.
Biomédico – Profissional incansável a serviço da saúde.