O bitcoin operava em forte queda nesta segunda-feira (7/4), mais um dia marcado pelo pânico nos mercados financeiros em função do recrudescimento da guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Após anunciar uma nova rodada de tarifas comerciais sobre produtos importados de diversos países, na semana passada, Trump recebeu uma dura resposta da China, que impôs uma retaliação de 34% aos norte-americanos.
Nesta segunda, por meio das redes sociais, Trump ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 50% contra a China, caso Pequim não desista da retaliação aos EUA.
O que aconteceu
- Por volta das 10h37 (pelo horário de Brasília), o bitcoin recuava 8% em 24 horas e era negociado a US$ 75,8 mil.
- Com o tombo desta segunda, a criptomoeda chegou à menor cotação desde o dia 9 de novembro do ano passado, quando foi negociada a US$ 75,7 mil.
- Já o ether, moeda digital da rede Ethereum, tinha perdas de 15,6% e era cotado a US$ 1,4 mil, de acordo com dados do CoinGecko.
- Atualmente, o valor de mercado de todas as criptomoedas somadas é de US$ 2,52 trilhões.
Criptomoedas
As criptomoedas, em geral, são consideradas ativos de maior risco do que investimentos em renda fixa, o que oferece oportunidade de maior retorno.
Projeções apontam que parte dos investidores destinam algo entre 1% e 10% de seu patrimônio para esses ativos de maior risco. Quando a perspectiva é de inflação menor e juros mais baixos nos EUA, os criptoativos se tornam mais atraentes. Afinal, juros mais baixos diminuem a rentabilidade da renda fixa, o que anima os investidores a serem mais arrojados. Quando ocorre o contrário, elas se tornam menos atrativas.
A forte volatilidade no mercado, uma característica das criptomoedas, também explica a queda do bitcoin neste momento. Após períodos de grandes altas, como ocorreu no fim do ano passado, a tendência é que esses ativos passem por ondas de forte desvalorização.
Fonte: Metrópoles