Cientistas da Universidade de Bergen, na Noruega, descobriram acidentalmente que a água-viva-de-pente (Mnemiopsis leidyi) pode rejuvenescer, colocando-a entre as raras criaturas capazes de interromper o ciclo de envelhecimento e morte.
Em uma descoberta surpreendente publicada pela PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), os pesquisadores notaram, por acaso, uma larva de água-viva em um tanque onde deveriam estar apenas espécimes maduras.
Segundo o New York Post, essa observação inesperada sugere que a espécie possui um mecanismo de envelhecimento reverso, assim como a famosa água-viva imortal (Turritopsis dohrnii), e levanta questões sobre a possibilidade de que outros animais também possam ter essa capacidade.
O estudo aprofundou o fenômeno de rejuvenescimento da água-viva-de-pente, tentando entender como ela retorna a um estágio jovem, ou “infância,” em seu ciclo de vida. Durante os experimentos, os cientistas descobriram que, sob estresse extremo, essas criaturas conseguem reverter seu desenvolvimento, transformando-se de adultos para larvas, com comportamentos típicos de larvas jovens, como hábitos alimentares diferentes.
Esse fenômeno pode explicar, segundo pesquisas anteriores, como essa espécie conseguiu sobreviver por milhões de anos, adaptando-se às mudanças ao longo do tempo. A habilidade de voltar a um estágio jovem pode ter contribuído para a longevidade da água-viva-de-pente, possivelmente tornando-a uma das primeiras espécies animais a habitar a Terra.
Com informações do R7