A viagem do presidente russo Vladimir Putin a Budapeste para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump enfrenta obstáculos diplomáticos e logísticos inéditos. O encontro, que deve ocorrer nas próximas duas semanas, foi celebrado pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán como um passo em direção à paz na Ucrânia.
O governo da Hungria confirmou que pretende sediar a cúpula entre os dois líderes para discutir o fim da guerra, mas a chegada de Putin ao país da União Europeia depende de uma exceção formal às sanções que proíbem aeronaves russas de sobrevoar o espaço aéreo do bloco desde 2022. Sem essa autorização, o avião presidencial russo teria de adotar uma rota longa e complexa, passando por Turquia e Sérvia antes de chegar a Budapeste, o que aumentaria em até três horas o tempo de voo.
“Ele precisa obter permissão para sobrevoar certos países. Não quero especular sobre como isso vai acontecer. Mas estou feliz por não ser seu planejador de viagens”, disse um diplomata europeu ouvido pela imprensa internacional.
A Comissão Europeia confirmou que, apesar das restrições, países da UE podem conceder permissões individuais de sobrevoo para autoridades russas. “Tais derrogações devem ser concedidas individualmente pelos Estados-membros”, explicou a porta-voz Anitta Hipper, acrescentando que nem Putin nem o chanceler russo, Sergey Lavrov, estão sob sanções pessoais que impeçam viagens.
Fonte: Notícias R7