A Casa Branca anunciou, na quinta-feira (17), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica.
Trump, de 79 anos, passou por um “exame abrangente, incluindo estudos vasculares diagnósticos” na Unidade Médica da Casa Branca, declarou a secretária de imprensa Karoline Leavitt, lendo uma nota do médico do presidente, Capitão Sean Barbabella.
A carta afirma que “ultrassonografias Doppler venosas bilaterais das extremidades inferiores foram realizadas e revelaram insuficiência venosa crônica, uma condição benigna e comum, particularmente em indivíduos com mais de 70 anos”.
Em diferentes ocasiões, antes do anúncio do diagnóstico, o presidente foi flagrado com maquiagem sobre a mão a direita. Durante a final do Mundial de Clubes, no domingo (13), imagens registraram Trump com tornozelos inchados.
O exame foi realizado após Trump ter “notado um leve inchaço na parte inferior das pernas” nas últimas semanas, explicou Leavitt.
“É importante ressaltar que não havia evidências de trombose venosa profunda (TVP) ou doença arterial” e os exames laboratoriais de Trump estavam todos “dentro dos limites normais”, segundo a carta.
Trump também foi submetido a um ecocardiograma. “Nenhum sinal de insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou doença sistêmica foi identificado”, escreveu Barbabella.
Entenda a condição do presidente dos Estados Unidos
A insuficiência venosa crônica é uma condição na qual as válvulas dentro de certas veias não funcionam como deveriam, o que pode permitir que o sangue se acumule nas veias. Cerca de 150 mil pessoas são diagnosticadas com a doença a cada ano, e o risco aumenta com a idade.
Os sintomas podem incluir inchaço na parte inferior das pernas ou tornozelos, dores ou cãibras nas pernas, varizes, dor ou alterações na pele. O tratamento pode envolver medicamentos ou, em estágios mais avançados, procedimentos médicos.
“Basicamente, não é uma informação alarmante e nem surpreendente”, disse o Dr. Jeremy Faust, professor assistente de medicina de emergência na Escola Médica de Harvard.
“Isso é algo bastante normal no envelhecimento, especialmente para alguém na categoria de sobrepeso, a obesidade, que é onde o presidente sempre esteve. Mas a maior preocupação… é que sintomas como esses precisam ser avaliados para condições mais graves, e foi isso que aconteceu.”
A insuficiência venosa crônica pode estar relacionada a condições como aumento da pressão no coração ou apneia do sono, disse o cardiologista Dr. Bernard Ashby.
Os médicos de Trump estavam “cobrindo todas as suas bases” ao examiná-lo para insuficiência cardíaca, aumento da pressão e outras condições, disse ele.
Idade, obesidade e sedentarismo podem levar à condição. “Se uma pessoa é mais velha, está acima do peso, não pratica atividade física ou exercícios regularmente, se fica sentada ou em pé por longos períodos, pode ter insuficiência venosa crônica”, disse o Dr. Chris Pernell.
“E embora não seja fatal, pode ser debilitante”, acrescentou.
Leavitt acrescentou posteriormente que o presidente não sentia “nenhum desconforto”.
A secretária de imprensa também abordou os hematomas que surgiram nas costas da mão do presidente, que ela atribuiu aos seus “apertos de mão frequentes”, além do uso de aspirina.
A carta conclui que “o presidente Trump continua com excelente saúde”.
Trump se tornará o presidente mais velho do país durante seu segundo mandato.
Fonte: CNN Brasil