Uma investigação da ONG Earthsight revelou que marcas de luxo, como Chanel, Louis Vuitton e Coach, estão ligadas ao uso de couro proveniente do desmatamento ilegal na Amazônia brasileira e da violação de direitos territoriais indígenas.
Couro exportado
O relatório The hidden price of luxury (O preço escondido do luxo, em tradução livre) aponta que essas grifes compram couro de empresas com vínculos a fazendas de gado ilegais no Pará, na região mais desmatada da Amazônia.
O couro exportado do Pará chega à Europa, principalmente à Itália, sendo processado por curtumes como Conceria Cristina e Faeda que, depois, fornecem o material às marcas de luxo.
O que dizem as grifes
Apesar de as grifes mencionadas terem afirmado à Earthsight que não utilizam couro brasileiro, a investigação contradiz essa declaração. A Chanel chegou a encerrar sua relação com o curtume Faeda por “perder a confiança em seu sistema de rastreabilidade”.
Certificação de sustentabilidade
Além disso, esquemas de certificação de sustentabilidade como o Leather Working Group, utilizados por Louis Vuitton, não garantem “status livre de desmatamento”, pois não exigem que os curtumes rastreiem o gado até as fazendas de origem, tornando o sistema falho, de acordo com a organização.
Fonte: Metrópoles