A Rússia responderá aos últimos ataques da Ucrânia como e quando seus militares acharem adequado, disse o Kremlin nesta quinta-feira (5), acusando Kiev de terrorismo estatal e confirmando que o presidente Vladimir Putin afirmou a Donald Trump que Moscou é obrigada a retaliar.
A Ucrânia usou drones para atacar aviões bombardeiros pesados russos em bases aéreas na Sibéria e no extremo norte no fim de semana, e a Rússia também a acusou de explodir pontes ferroviárias no sul do país, matando sete pessoas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em sua reunião diária com os repórteres, destacou os comentários feitos por Putin um dia antes sobre os ataques às ferrovias russas, que deixaram sete mortos no fim de semana.
“O presidente descreveu o regime de Kiev como um regime terrorista, porque foi a liderança do regime que conscientemente deu a ordem, o comando, para explodir um trem de passageiros. Isso nada mais é do que terrorismo em nível estatal. Essa é uma declaração importante do presidente”, disse Peskov.
A Rússia ainda não apresentou provas de que os líderes ucranianos ordenaram os ataques aos trens, e Kiev não reconheceu a responsabilidade.
Intensificação da guerra nos últimos dias
Os ataques ucranianos dentro da Rússia e os ataques aéreos e avanços russos no campo de batalha intensificaram a guerra que começou em fevereiro de 2022, prejudicando as perspectivas de negociações de paz que os dois lados retomaram na Turquia no mês passado.
Peskov observou, no entanto, que Putin havia apoiado a opinião do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em uma reunião na quarta-feira, de que os contatos em nível de trabalho com a Ucrânia deveriam continuar.
Peskov disse que Putin e Trump não discutiram a realização de uma reunião cara a cara quando conversaram na quarta-feira. Ele afirmou que havia um entendimento geral de que essa reunião é necessária, mas que precisa ser devidamente preparada.
Os dois não discutiram o possível levantamento das sanções contra a Rússia, afirmou Peskov em resposta a uma pergunta.
Fonte: CNN Brasil