A Tesla, de Elon Musk, atingiu uma marca histórica nesta sexta-feira (8), alcançando um valor de mercado de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões). O marco foi impulsionado por um salto de mais de 6% no valor das ações da fabricante de veículos elétricos, que chegaram a US$ 313 (R$ 1.796) durante a negociação intradiária. Esse aumento está atrelado, em grande parte, à vitória eleitoral de Donald Trump, nos EUA. As informações são do portal Quartz.
Esse desempenho coloca a Tesla como a nona maior empresa do mundo em termos de valor de mercado. O aumento das ações da Tesla também reflete a confiança renovada no crescimento acelerado da empresa, especialmente no que diz respeito à entrega de veículos e às suas perspectivas de longo prazo no setor de veículos autônomos.
Musk, que tem se aproximado de Trump nos últimos meses, inclusive com doações significativas à sua campanha, busca agora influenciar políticas públicas favoráveis à sua empresa. Uma das áreas-chave de atuação do bilionário é a regulamentação de veículos autônomos, um mercado no qual a Tesla tem investido fortemente.
O envolvimento de Musk com Trump vai além do apoio eleitoral. Em uma tentativa de estreitar ainda mais sua relação com a administração republicana, Musk foi nomeado para liderar a comissão “Departamento de Eficiência Governamental” (DOGE), que tem como objetivo promover uma auditoria financeira do governo federal. Musk já afirmou que a missão do DOGE será reduzir gastos em pelo menos US$ 2 trilhões (R$ 11,4 trilhões), o que poderia ter implicações econômicas de longo alcance.
A possibilidade de Musk ter uma influência significativa sobre a regulamentação e as políticas do próximo governo Trump é uma questão que ainda gera debate. Embora sua posição no DOGE não tenha sido definida com clareza, a expectativa é de que Musk atue como um conselheiro próximo, ajudando a moldar políticas que beneficiem suas empresas, sem a necessidade de se afastar de seus negócios.
Apesar dos benefícios para a Tesla, a vitória de Trump pode representar desafios para os concorrentes da Tesla no setor de veículos elétricos. O novo governo pode reverter medidas favoráveis à indústria de EVs implementadas pela administração de Joe Biden, como os créditos fiscais de US$ 7.500 (R$ 43 mil), que beneficiam veículos elétricos fabricados nos Estados Unidos.
Musk, por sua vez, tem se posicionado contra o subsídio, acreditando que o fim do crédito fiscal impulsionaria ainda mais as vendas da Tesla e enfraqueceria os concorrentes. Esse movimento, juntamente com a sua crescente proximidade com o novo governo, coloca a Tesla em uma posição única para avançar com seus planos ambiciosos no setor automotivo.
Com informações da Época Negócios