Um tribunal da Coreia do Sul rejeitou um pedido para emitir um mandado de prisão para o ex-presidente Yoon Suk Yeol relacionado a uma investigação sobre sua curta tentativa de impor Lei Marcial. A notícia foi confirmada pela Agência de Notícias Yonhap na quarta-feira (25), citando um promotor especial.
Um porta-voz do Tribunal Distrital Central de Seul e do Ministério Público não puderam ser contatados imediatamente para comentar.
O promotor especial da Coreia do Sul pediu ao tribunal na terça-feira (24) que emitisse um mandado de prisão para Yoon, enquanto uma investigação sobre a tentativa frustrada do líder deposto de declarar Lei Marcial em dezembro se intensificava.
Um integrante sênior da equipe de investigadores do promotor especial disse que o mandado de prisão era por obstrução e acusou o ex-presidente de se recusar a responder às intimações para interrogatório.
O promotor especial notificou Yoon e seu advogado para comparecerem para interrogatório no sábado (28), informou a Yonhap, acrescentando que consideraria fazer outro pedido de mandado de prisão caso eles não cumprissem.
Os advogados que representam Yoon disseram em um comunicado na terça-feira (24) que não receberam uma intimação adequada após a nomeação do promotor especial e que o ex-presidente responderia assim que a intimação fosse feita de forma legal.
Yoon, que já enfrenta um julgamento criminal por acusações de insurreição por emitir a declaração de Lei Marcial, foi preso em janeiro após resistir às autoridades que tentavam prendê-lo, mas foi liberado após 52 dias por motivos técnicos.
O promotor especial foi nomeado poucos dias após o presidente liberal Lee Jae-myung assumir o cargo em 4 de junho, após vencer a eleição antecipada convocada após a deposição de Yoon em abril, e lançou uma equipe de mais de 200 promotores e investigadores para assumir as investigações em andamento sobre Yoon.
Fonte: CNN Brasil