Um cochicho entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da França, Emmanuel Macron, foi flagrado por um “microfone quente” durante a cúpula que reuniu em Washington D.C., nessa segunda-feira (18/8), líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em torno da busca por um desfecho da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A Macron, Trump sussurrou o que chamou de “loucura”: “Acho que ele [o presidente russo Vladimir Putin] quer fazer um acordo”, disse o norte-americano. “Acho que ele quer fazer um acordo por mim, entende? Por mais louco que pareça”.
A observação, sugerindo que Trump sente que Putin quer agradá-lo, forneceu mais informações sobre a avaliação do presidente norte-americano sobre seu encontro de sexta-feira (15/8) com o presidente russo em Anchorage, Alasca.
Trump e o enviado presidencial especial Steve Witkoff — ambos participantes da cúpula de sexta — alegaram ter conseguido que Putin concordaria com a interferência de forças dos EUA e de outras potências da Otan em defesa da Ucrânia, caso Moscou rompa quaisquer termos de um potencial acordo de paz.
Telefonema e cessar-fogo
A cúpula dessa segunda, organizada por Trump, terminou com um bom aceno do lado russo: uma ligação direta ao líder da Rússia, Vladimir Putin, confirmada pela Casa Branca e pelo Kremlin.
O telefonema abriu caminho para a possível realização de uma cúpula trilateral entre Trump, Zelensky e Putin, sinalizando uma nova etapa na busca por um cessar-fogo.
A reunião na Casa Branca contou com a participação de figuras-chave do cenário internacional: Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Friedrich Merz (Alemanha), Keir Starmer (Reino Unido), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Alexander Stubb (Finlândia) e Mark Rutte (Otan).
O encontro teve como foco principal as garantias de segurança para a Ucrânia, fornecidas em coordenação entre Washington e capitais europeias, além do alinhamento sobre estratégias para encerrar a guerra, que perdura há três anos.
Fonte: Metrópoles