As noites estão confusas, sim, não podemos negar. O medo, a insegurança, os ódios e invejas invadem sem cuidados os espaços habitados ou por habitar. Atravessam semáforos, ruas, portas, cancelas e janelas com chaves ou arroubos, ou roubos, de agressões ímpar.
Os sonhos estão confusos, sim, não podemos negar. Há pesadelos vagando em bandos loucos por assombrar os jardineiros das terras brasílicas e os expulsar, são qual vampiros sedentos sugando o alento dos construtores anônimos ou públicos dos projetos de solidário amar.
As mentes estão confusas, sim, não podemos negar. Fica difícil saber em quem ou em que confiar. Os poderosos de todas as bandas se esbaldam em mentir e tergiversar; já, os sacerdotes se embriagam com poder, ouro e luxúria, ocupando-se em ao povo enganar.
Os “tempos são bicudos”, assim já dizia meu pai. Era um sonhador realista, generoso, acreditava no ser humano, voou para o eterno presente, fiquei aqui a cismar. Levou seu sorriso bondoso, deixou aromas de memórias – é a vida transitória buscando se eternizar.