O juiz Leonardo Valente Barreiros, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa E Lavagem de Bens e Valores da Capital, decretou a prisão preventiva de mais dois acusados de participarem de suposto esquema de lavagem de dinheiro na empresa de transporte UPBus: Alexandre Salles Brito, o Buiú, e Décio Gouveia Luís, o Décio Português.
Equipes da Polícia Militar prenderam Alexandre na manhã desta terça-feira (16); Décio está foragido.
A Justiça também acolheu a denúncia do Ministério Público de São Paulo e tornou réus os 19 acusados de envolvimento num suposto esquema de lavagem de dinheiro na empresa de transporte coletivo que opera na Zona Leste da capital acusada de ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Alexandre e Décio controlavam 60% das ações da UPBus ao lado de outros integrantes do PCC, como Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, assassinado em 2021 numa disputa interna da facção.
Alexandre foi processado e condenado porque, em 2004, foi flagrado transportando, sem autorização e em desacordo com as determinações legais, uma submetralhadora. Em junho de 2012, foi novamente flagrado, desta vez com 10,5 kg de maconha, munições de arma de fogo de uso restrito (fuzil calibre .556) e, na ocasião, ofereceu propina a policiais da Rota.
Em razão disso, Alexandre foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Buiú também já esteve envolvido em outras ocorrências por roubo, associação criminosa, associação para o tráfico, entre outros crimes.
Ele também foi denunciado juntamente com Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, Marco Camacho, o Marcola, e outras 172 pessoas como uma das principais lideranças do PCC.
já Décio Português cumpriu pena com Marcola, o que, segundo os promotores, permitiu que ele alcançasse postos mais altos na hierarquia do PCC. Em 2019, foi acusado de comandar uma reunião que se tratou de atentados contra agentes públicos.
A polícia prendeu Décio numa luxuosa casa em Arraial do Cabo. Ele ficou preso no sistema federal até ser solto em 2023 por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com informações G1