Lembra de mim?
Lembra de ti?
Lembra do encontro “improvável” entre nós?
Lembra dos sonhos sonhados por nós?
Lembro de ti…
Lembro de ti altivo e incansável tão convicto na busca por justiça e por tua verdade, angustiado pelos liames de arames farpados em nós trançados sobre ti. Liames a evoluir em louca transgressão da justiça e da razão.
Lembro de mim…
Absorta sem tréguas na busca por descobrir os caminhos de fatos e sentenças contaminadas por intenções e intentos de obstruir a luz do justo fluir e impedir a voz da verdade querendo saber do princípio ao fim dos fios da trama lançada ao desdém sobre ti.
Lembra?…
Havia um manto dourado no cosmos em conexão com os tempos sagrados em todos os planos profanos ou não, diga-se, um tapete mágico de Aladim. O cosmos cúmplice a nos proteger para prosseguir e seguir junto a ti no reencontro das Eras, a dança das esferas.
Lembra?
Era um reencontro. Era sério. O reencontro de missões e propósitos, de ideais nunca esquecidos, sentimentos vividos e gravados com gratidão e respeito nas memórias imemoriais em templos e panteões.
Lembro…
Não houve pausa nem descaso, foi um gentil e elegante fazer-se e refazer-se emocionado de tua narrativa em minha narrativa e vice-versa; não obstante, logo em frente a encruzilhada, o Y da jornada. Optaste pelo chamado do caminho do pretérito imperfeito tão precioso para ti. Tuas amarras, mas também tuas delícias ou conquistas. Que sei eu de ti?
Lembro que bênçãos são bênçãos e jamais as esqueço. Ainda assisto às pétalas das rosas amarelas lançadas nos ares na proporção em que respiro o perfume da beleza da amizade nascida em um momento fortuito do eterno que abraçou a ti e a mim.