Combinei dançar com a alegria, neste dia, em que acordei a sorrir e a cantar.
Dançar de mãos dadas, braços envoltos ou corpos soltos no espaço solar.
Alegria que imaginei em ritmos diversos riscando versos sobre o tablado,
sobre o estrado ou a estrada em alucinantes giros de nossos caminhos a rodopiar.
Entre textos de artigos a respingar dores, humores fétidos, humilhações e rancores, injustiças e enganos, além de páginas de romances ou poesias, elaborei advinhas de criança brincar.
Brincadeiras de saltar sobre os muros, atravessar horizontes mergulhar nas fontes, emergir entre ondas, construir com areia castelos para o mar tragar.
Afinal, como diria uma amiga de tantos e tantos dias, em mensagem instagramável: “Gosto do que é simples. Um abraço, um obrigado e um se cuida”. Definição certeira, objetiva, sem mais o que comentar.
Deixe o complexo lá para o fim do mundo onde o buraco é mais profundo e o desumano mais imundo repleto de conceitos desconexos, além de preconceitos destituídos de bom senso ou harmonia.
Anoiteço sob o encanto da busca da estrela rumo ao Norte da travessia e encontro neste agosto, que dizem ser de desgostos, a Lua. Lua azul. Azul dos bons augúrios, juro.
Ela brilha, entre nuvens, intensa e imensa sobre as ambivalências dos ambientalistas, desbravando trilhas. Afinal, será que alguém pode me dizer, até quando um sonho dura, perdura, ante os abalos das estruturas e avalanches de amarguras?
Melhor deixar essa ruptura da abertura, vou é dançar até o sol raiar abraçada à alegria de aqui estar sob a luz do azul da lua ou da estrela, ou do sol e imersa no azul da Terra a enigmas desbravar.
Alegria minha mensageira, alegre companheira, eu te encontro na doçura das palavras e na luz dos olhares dos seres amados – encantadores dos meus dias, sonhos e paisagens.