Mais de 30 alunos de uma escola em Osasco, na Grande São Paulo, passaram mal após uma dedetização, realizada no último dia 26 de agosto. Pais de alunos relataram que as crianças apresentaram os sintomas ardência nos olhos, garganta e nariz e que alguns foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na própria instituição de ensino.
Segundo a Prefeitura de Osasco, 33 alunos da Emef Professor João Euclydes Pereira, no bairro Vila Serventina, passaram mal. No dia anterior, 25 de agosto, a escola foi dedetizada pelo método de nebulização, em que espaço fica liberado para uso depois de 20 minutos, já que o produto utilizado é a base de água.
Apesar disso, ainda antes da nebulização, os alunos já haviam relatado que a água da unidade de ensino estava com gosto ruim e um grupo passou mal após consumi-la. O caso mais grave foi de um estudante do 3º ano do fundamental, que passou mal ainda no dia 25/8 e precisou ficar internado na UTI por três dias, recebendo alta no último sábado (30/8).
A mãe do garoto afirmou à gestão municipal que ele foi submetido a diversos exames e foi constatado quadro de infecção intestinal. Segundo ela, não se sabe ao certo se o mal estar foi gerado por alguma substância utilizada na dedetização ou pela contaminação da água. Durante a internação, o secretário de Educação de Osasco visitou o menino para saber mais detalhes sobre o ocorrido.
“No momento da visita, já havia sido descartada qualquer relação com a nebulização, porque o aluno não compareceu às aulas na terça-feira (26/8), um dia após nebulização, quando as equipes do Samu prestaram atendimento às 33 crianças”, afirmou a prefeitura em nota.
Ainda segundo a gestão, a Vigilância Sanitária fez uma avaliação da água da escola. “Água límpida, transparente e inodora. Amostras foram encaminhadas ao Instituto Adolpho Lutz para avaliação e o laudo deve sair entre 15 a 20 dias. A prefeitura reforça seu compromisso com o bem-estar e a segurança das crianças, mantendo acompanhamento contínuo da situação e total transparência com a comunidade escolar.”
A mãe do aluno que foi internado registrou boletim de ocorrência no 10º Distrito Policial de Osasco, acusando a administração da escola de negligência e lesão corporal.
Fonte: Metrópoles