Segundo Maira, no Distrito Federal (DF) não existem protocolos definidos quanto à indicação da meditação, mas é cada vez mais frequente a adoção da prática em consultórios médicos, psicológicos e de terapia ocupacional. “A população está mais receptiva a esta prática e tem buscado a meditação quando indicada pelo profissional de saúde ou até por amigos e colegas de trabalho”, revela.
Meditação no SUS
No DF, a meditação é oferecida em postos de saúde de várias regiões administrativas, como Plano Piloto, Ceilândia, Gama, Taguatinga, Planaltina e Cruzeiro. A Secretaria de Saúde iniciou um trabalho para identificar os servidores que têm interesse em serem capacitados como facilitadores em meditação para implementar a prática em todas as unidades básicas de saúde.
Existem vários tipos de meditação com métodos e objetivos distintos. Contudo pode-se dizer que, tradicionalmente, a prática é a arte de familiarizar-se com algo, no caso com a própria mente. “O sucesso da meditação depende da incorporação da prática aos hábitos diários e muitos pacientes desistem porque não conseguem inseri-la na sua rotina”, afirma Maira. “É importante salientar que existem diversas modalidades de meditação laica e religiosa, mas o SUS oferece apenas meditação laica, para evitar interferências culturais e de credo”, esclarece Maira.
Práticas integrativas
Os tratamentos que utilizam recursos terapêuticos são baseados em conhecimentos tradicionais e científicos e voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão de forma complementar e integrada à medicina convencional. O Brasil lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública com 29 práticas e 5 milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios.