Moradores de Tartarugalzinho procuraram a redação do Jornal A Gazeta para denunciar a paralisação da obra da Unidade de Atenção Especializada em Saúde do município. A obra está com 75% construída e deveria ser entregue no final de fevereiro, mas está paralisada por falta de pagamento.
A reportagem do A Gazeta conversou com alguns funcionários que trabalharam na construção e a informação que obteve foi que a Unidade de Saúde está sendo construída com recurso federal e contrapartida do Governo do Amapá, “até onde sabemos foi uma licitação que a empresa ganhou, o valor da obra é de R$ 1,5 milhões, o que a gente sabe é que os pagamentos deveriam ser feitos pelo Caixa Econômica, mas o que eles dizem é que estão esperando que seja liberado pelo Ministério da Saúde”, declarou um dos funcionários que preferiu não se identificar.
O funcionário acrescentou ainda que a empresa responsável, J.E.P.E Construções LTDA, não abandonou a obra, mantém um vigilante no local e, mesmo não recebendo os valores da Caixa Econômica e do Governo do Amapá, manteve o pagamento dos salários dos funcionários com regularidade, “nossos salários foram pagos em dia, não tivemos problema em receber, mas chegou um momento em que a empresa teve que parar porque iniciamos em agosto de 2022 não tinha como manter todos os custos sem receber nada”.
Cobrança
A deputada estadual Liliane Abreu e o prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro, estiveram na Secretaria de Saúde do Estado, em outubro de 2022 para cobrar a conclusão da obra.
Na época a deputada, que foi a titular da Secretaria de Saúde do município durante a fase crítica da pandemia, explicou que a unidade é de extrema importância no município, “a unidade de saúde é essencial, pois ela atenderá moradores de toda a região dos lagos”, declarou.
Na conversa com o então secretário de saúde, Juan Mendes, prometeu que a unidade seria entregue até o mês de dezembro, o que acabou não acontecendo.
Rede de saúde no limite
O município de Tartarugalzinho tem mais de 18 mil habitantes e uma rede de saúde que está no limite.
Além da sede do município as equipes de saúde atendem na comunidade ribeirinha de Livramento e no Assentamento do Cedro. A prefeitura ainda mantém mais 13 postos de saúde na zona rural e comunidades ribeirinhas.
A reportagem tentou contato com a empresa J.E.P.E Construções LTDA e com a Secretaria de Saúde do Estado, mas até o fechamento da edição não obteve retorno.