Moscou é alvo nesta quarta-feira (21) de um ataque de drones, no que pode sinalizar uma intensificação da ofensiva ucraniana contra o território russo. Os sistemas de defesa aérea da Rússia abateram onze drones sobre a cidade, anunciou o prefeito Sergei Sobyanin. Segundo ele, todos os aparelhos que ameaçavam a capital e região foram abatidos.
“A defesa escalonada de Moscou contra UAVs inimigos tornou possível repelir todos os ataques. Essa foi uma das maiores tentativas de atacar Moscou com a ajuda de drones de todos os tempos”, disse Sobyanin.
No total, 45 drones atacaram diferentes regiões da Rússia durante a noite, e uma parte foi abatida sobre a região de Moscou. Segundo os russos, 23 aparelhos foram destruídos sobre a região de Bryansk, seis sobre Belgorod, três sobre a região de Kaluga e dois sobre Kursk.
O Ministério da Defesa da Rússia, em um comunicado, culpou a Ucrânia pelos ataques. Kiev, até este momento, se manteve em silêncio.
Para a surpresa do governo de Vladimir Putin, a Ucrânia decidiu não mais apenas se defender da invasão russa, mas também realizar uma incursão surpresa — agora entrando em sua terceira semana — através da fronteira pelas forças de Kiev nas regiões de Kursk e Belgorod.
O governo russo havia alertado, em maio, que tinha derrubado um drone nas redondezas de Moscou, o que afetou dois grandes aeroportos da cidade. Desde 2022, os ucranianos têm usado drones para atacar instalações de petróleo e gás na Rússia, alegando que se tratava de uma retaliação diante da tentativa de Moscou de destruir a infraestrutura de energia da Ucrânia.
No último fim de semana, drones ucranianos atacaram uma local de armazenamento de petróleo na região de Rostov.
Nesta quarta-feira, um míssil foi abatido na região de Rostov.
Se Kiev mantém o silêncio, o governo de Volodymyr Zelensky anunciou que suas forças atingiram um complexo de mísseis antiaéreos S-300 em Rostov, na Rússia. “Deve-se notar que os invasores russos também usam complexos S-300 para ataques em cidades pacíficas da Ucrânia, destruindo edifícios residenciais e aterrorizando a população civil”, disse o exército ucraniano em um comunicado.
Com informações de UOL