Em sua primeira audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira (21/5), o papa Leão XIV fez um apelo ao mundo para que se permita a entrada de ajuda humanitária digna” em Gaza e para “o fim das hostilidades”, cujo “preço é pago pelas crianças, idosos e doentes“.
No discurso aos fiéis, o pontífice lamentou: “A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais preocupante e dolorosa”.
Em seus apelos, o Santo Padre também lembrou de maneira especial o Papa Francisco, que faleceu há exatamente um mês, em 21 de abril de 2025.
A emergência humanitária em Gaza está em um ponto crítico. A Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (CFI), apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), alerta para uma fome iminente.
Segundo agências, a crise humanitária em Gaza se intensificou com os ataques aéreos israelenses de 20 de maio de 2025, que resultaram em muitas mortes de palestinos, incluindo crianças, em meio a operações militares em andamento que mataram dezenas de milhares de pessoas desde outubro de 2023.
Críticas a Israel
Apesar de o premiê israelense Benjamin Netanyahu permitir a entrada de um número limitado de caminhões de ajuda humanitária em Gaza, as críticas internacionais aumentaram, exigindo que Israel interrompa sua campanha militar e alivie as restrições à ajuda humanitária.
Além disso, as Nações Unidas expressaram preocupação com a destruição sem precedentes de moradias em Gaza.
Parábolas
Na audiência geral, o papa retomou o ciclo de catequeses proposto por Francisco para refletir sobre as parábolas. Leão XIV escolheu aquela do semeador e afirmou: “A palavra de Jesus é para todos, mas atua de uma forma diferente em cada pessoa, dependendo do solo encontrado, de quando estamos mais superficiais e distraídos ou disponíveis e acolhedores”.
E finalizou: “Ele nos ama assim: não espera que nos tornemos o melhor solo, Ele nos dá sempre generosamente a sua palavra”.
Fonte: Vaticano News.