As autoridades espanholas ordenaram que mais de 18 mil moradores da província de Tarragona, no nordeste do país, permanecessem em casa nesta terça-feira (8), e dezenas de outras foram retiradas de suas residências devido a um incêndio florestal descontrolado, que consumiu quase 30 quilômetros quadrados de vegetação.
Grandes áreas da Espanha estão em alerta máximo para chamas após o país ter vivenciado o junho mais quente já registrado.
Duas pessoas morreram em um incêndio florestal em 1º de julho na região da Catalunha, onde Tarragona está localizada.
As chamas mais recentes ocorreram na manhã de segunda-feira (7) em uma área remota perto da vila de Pauls, onde ventos fortes dificultaram os esforços de combate ao fogo, segundo autoridades.
Uma unidade militar de emergência foi mobilizada na manhã desta terça-feira (8), juntamente com mais de 300 bombeiros que trabalham na área.
“Desde a meia-noite, os bombeiros combatem o incêndio com rajadas de vento que chegam a 90 quilômetros por hora”, informou o serviço regional de combate a incêndios da Catalunha, acrescentando que a previsão é de que o forte vento Mistral diminua à tarde.
Durante a noite, carros de bombeiros percorreram as estradas sinuosas da Serra de Pauls, cercados pelas chamas, enquanto as equipes avaliavam e tentavam conter o incêndio.
Nas aldeias vizinhas de Xerta e Aldover, os moradores passaram a noite em claro enquanto as chamas ameaçavam suas casas.
“(Houve) muito medo e muito choro porque já estamos na beira do incêndio. Ontem à noite, devido ao vento que soprava o fogo e da fumaça, não podíamos sair de casa. Terrível, isso nunca foi visto antes”,relatou Rosa Veleda, de 76 anos, à agência de notícias Reuters.
As autoridades disseram que impediram que o fogo se alastrasse pelo rio Ebro, o que teria piorado a situação.
Aproximadamente 30% da área afetada fica no Parque Natural de Ports, localizado na Catalunha.
Autoridades investigam as origens do incêndio.
Fonte: CNN Brasil