O líder político da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez uma rara admissão sobre a morte de militares norte-coreanos na guerra da Rússia, e se emocionou ao relembrar os soldados abatidos no conflito. A cena aconteceu durante evento em Pyongyang, nesta segunda-feira (30/6), que celebrou o aniversário de um ano da cooperação estratégica com o país liderado por Vladimir Putin.
Norte-coreanos lutando pela Rússia
- Os primeiros relatos da presença norte-coreana na guerra entre Rússia e Ucrânia surgiram em outubro do último ano.
- Segundo informações de agências de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, cerca de 15 mil soldados foram enviados da Coreia do Norte para lutar contra a Ucrânia.
- A presença de militares enviados por Kim Jong-un na Europa aconteceu após Coreia do Norte e Rússia assinarem um tratado, que prevê, entre outros pontos, a ajuda militar mútua caso um dos dois países sejam atacados.
Nas imagens, divulgadas pela TV estatal norte-coreana, é possível ver fotos de combatentes do país durante os conflitos na região de Kursk, na Rússia, exibidas em um telão. Em seguida, Kim Jong-un aparece colocando bandeiras da Coreia do Norte sobre caixões de soldados do país que morreram na guerra.
Kim assistiu as imagens ao lado da ministra da Cultura da Rússia, Olga Liubimova, e de outras autoridades norte-coreanas e russas que participaram do evento.
Até o momento, o governo da Coreia do Norte ainda não havia se pronunciado sobre mortes de soldados na Rússia e mesmo a participação do país no conflito não era abertamente admitida.
Os números de baixas é incerto, mas estimativas extra-oficiais apontam que cerca de 600 militares norte-coreanos, dos cerca de 15 mil que foram enviados à guerra, tenham morrido em combate.
Fonte: Metrópoles