O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na noite dessa terça-feira (6/5) para mais uma rodada de compromissos internacionais, com viagens para a Rússia e a China. A primeira parada é em Moscou, onde o titular do Planalto participa das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória, que relembra o fim da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o governo russo, é esperada a participação de 29 chefes de Estado no Desfile da Vitória, que será realizado em 9 de maio. Entre eles, estão os presidentes da China, Xi Jinping, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
Ainda em Moscou, Lula deve ter reuniões bilaterais com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. A questão da guerra com a Ucrânia deverá ser abordada durante o encontro. Além disso, o governo brasileiro quer negociar alternativas para equilibrar a balança comercial entre os países.
O presidente busca ir ao país como uma espécie de “mensageiro da paz”. O Brasil, em conjunto com a China, lançou uma proposta que defende uma resolução pacífica para o conflito no Leste Europeu.
Vão compor a delegação de Lula à China o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP); o 2º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União-BA); além dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, também estará presente.
China
Após passagem pela Rússia, o presidente vai à China para uma visita de Estado, seguida da reunião do fórum Celac-China. Durante o encontro com Xi Jinping, o chefe do Executivo deve abordar a defesa do multilateralismo — em meio à guerra comercial com os Estados Unidos —, a reforma da governança global e a solução pacífica dos conflitos em curso. A expectativa é que esses assuntos constem na declaração conjunta a ser assinada pelos dois países ao final da visita.
Além disso, a agenda tem o objetivo de diversificar as relações comerciais com a China. Atualmente, o país é o principal destino das exportações brasileiras. Integrantes do governo Lula têm intensificado as negociações com o país asiático.
Na última semana, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, esteve na China em uma visita preparatória. Neste contexto, um grupo de ministros e parlamentares deve compor a comitiva do presidente. Além disso, há a previsão de um fórum com a presença de empresários.
“O que nós queremos é diversificar nossa pauta exportadora com a China e diversificar os investimentos, as parcerias com a China, procurando atraí-la para esse projeto de neoindustrialização, de capacitação tecnológica, de transição energética”, esclareceu o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia.
Durante a agenda, há ainda a expectativa de assinatura de 16 atos de cooperação, entre protocolos, anúncios e memorandos de entendimento. Outros 32 textos estão em negociação.
Fonte: Metrópoles