O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou, nesta segunda-feira (19/5), que suspendeu de forma parcial o bloqueio de suprimentos de ajuda humanitária imposto à Faixa de Gaza desde 2 de março. O bloqueio agravou a crise huminitária no território conflagrado, o que levou líderes internacionais a pressionarem o premiê israelense.
Em um vídeo, publicado em suas redes sociais, Netanyahu citou “razões diplomáticas” para tomar a decisão.
No vídeo o premiê afirma que “desde o início da guerra, dissemos que, para completar a vitória, derrotar o Hamas e libertar nossos reféns, que são missões interligadas, há um condição essencial: não podemos chegar a uma situação de fome tanto por razões práticas quanto diplomáticas. Simplesmente não teremos apoio e não seremos capazes de completar a missão da vitória”.
Netanyahu ainda destaca que “há uma enorme batalha em curso. Vamos controlar todas as partes de Gaza” e prometeu alcançar a “vitória completa” com a libertação dos 58 reféns ainda mantidos pelo Hamas e com a eliminação do grupo terrorista.
Pressão dos EUA
Israel está sofrendo uma crescente pressão internacional sobre o bloqueio às entregas humanitárias que adotou no dia 2 de março, pouco antes de romper um cessar-fogo de dois meses.
O bloqueio levou o presidente dos EUA, Donald Trump, grande aliado do premiê israelense, a declarar que pessoas “estão morrendo de fome” em Gaza e que o bloqueio deveria ser encerrado.
Diante da pressão, falando dos EUA, Netanyahu afirmou que “nossos melhores amigos no mundo”, estavam dizendo a ele que as cenas de fome estavam drenando o apoio vital e levando Israel perto de uma “linha vermelha, a um ponto onde poderíamos perder o controle”.
Segundo o anúncio do gabinete de Netanyahu, a liberação parcial da ajuda a Gaza permitirá a entrada de alimentos como farinha, óleo e leguminosas. O porta-voz da chancelaria israelense, Eden Bar-Tal, afirmou que nesta segunda-feira devem entrar caminhões com alimentos para bebês e, nos próximos dias, “Israel facilitará a entrada de dezenas de caminhões de ajuda”.
Fonte: Metrópoles