Um dos maiores nomes da televisão brasileira, Fausto Silva falou com exclusividade à equipe do Domingo Espetacular, na primeira entrevista à televisão depois do seu transplante de coração.
O apresentador cumpriu com a participação no programa, que havia agendado pouco antes de ser internado, para sua homenagem no quadro Record 70 anos – Uma História Espetacular. Ele brilhou na emissora na década de 1980, no programa Perdidos na Noite.
O apresentador falou do carinho especial que sente pela emissora e relembrou suas origens: “Foi lá que eu comecei, em 1969, e eu tive anos maravilhoso da minha vida na Record TV”.
Faustão abriu as portas da sua casa em São Paulo para a emissora. Em conversa descontraída com a jornalista Fabíola Reipert, ele trouxe detalhes exclusivos de como tudo aconteceu e o que esperar para o futuro, agora, com um novo coração de apenas 35 anos.
Ele revela que, na verdade, já sabia que em determinado momento precisaria passar por alguma operação cardíaca, só não sabia que seria, de fato, um transplante. “É questão de genética”, explicou.
Tudo começou com os resultados bastante alterados de exames de rotina que ele precisou fazer na volta de uma viagem em família. Surpreendentemente, Faustão não foi o primeiro a saber da necessidade do transplante: “Souberam antes de mim”, falou, referente aos seus familiares.
Além disso, se mostrou muito objetivo e sensato diante da situação: “Bom, tem que ser, vamos embora. Eu sou muito pragmático, e quem decide está lá em cima”.
Após uma semana na fila do transplante, Faustão passou pela troca do órgão. Ele afirma que sua sorte foi o tipo sanguíneo, rapidamente identificado com compatibilidade para o procedimento. Por essa razão, surgiu entre internautas boatos de que o apresentador teria furado a fila com seus privilégios.
Diante disso, Faustão alega não ter se chateado: “A gente sabe que a internet abriu espaço para todos os imbecis do mundo. Então não adianta, tem que conviver com esse mundo de hoje”.
Sua esposa, Luciana Cardoso, iniciou uma campanha em suas redes socais para que as pessoas se tornem doadoras de órgãos e tecidos, evidenciando a importância dessa causa e gerando mais conscientização a respeito.
Faustão também conta como passou a enxergar a vida após ganhar essa segunda chance: “Não me cabe mais mágoa, nem rancor, a vida passa muito rápido”. Além de aproveitar para agradecer, mais uma vez, à família do seu doador, Fábio Cordeiro da Silva.
No final, ao ser questionado sobre sua volta para a televisão brasileira, Faustão afirma: “Eu nunca digo não”. Contudo, também reitera que sua prioridade é a saúde e sua recuperação completa.
O apresentador encerra a conversa com todo seu carisma em um pedido importante: “Quanto mais o brasileiro tiver de consciência e disponibilidade para doação, nós podemos transformar o Brasil no país líder na doação de órgãos e tecidos do mundo”.
Com informações R7
