A primeira palestra que explorou o tema “Atividade Física e Comportamento Sedentário: conceitos, evidências, redes de apoio e oportunidades no ambiente de trabalho”, foi ministrada pelo Prof. Dr. Douglas Roque Andrade, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde.
“Se você tem um programa de qualidade de vida que inclui a promoção da atividade física, a pergunta que eu faria é: Você tem certeza de que quer promover atividade física ou você quer trabalhar na redução do comportamento sedentário? Hoje nós temos evidências de que estes dois comportamentos agem de maneira diferente na saúde do indivíduo, eles tem determinantes distintos, tem fatores associados distintos, portanto, deveríamos intervir de maneira distinta”, declarou.
“Geralmente pensamos que se um indivíduo pratica atividade física ele não é sedentário, porém mesmo que uma pessoa faça muita atividade física ela pode apresentar ao longo do seu dia um comportamento sedentário, comportamento este que geralmente definimos por estar em uma posição inclinada, deitada ou sentada, com gasto calórico baixo. O impacto de se permanecer sentado a maior parte do tempo é prejudicial à saúde. Esta temática do comportamento sedentário é mais recente, então, precisamos repensar de que maneira vamos impactar esta mudança de atitude nos colaboradores. Em muitas organizações tem-se diminuído o tempo de reunião, outras ainda fazem as reuniões em pé. Se quisermos promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas, temos que atuar com estes dois fatores”, explicou o professor Douglas.
A segunda temática do evento “Relações entre Ambiente Construído, Prática de Atividade Física e Saúde”, foi apresentada pelo Dr. Alex Antônio Florindo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e Presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde – SBAFS.
O pesquisador intensificou a importância de estar em movimento. “Atualmente estamos trabalhando de forma alinhada com o plano diretor da cidade de São Paulo, em pesquisas e estudos. As ciclovias, por exemplo, qual o efeito disso para as pessoas? Quantas pessoas estão aderindo ao uso das ciclovias? Em um dos nossos resultados, podemos observar que ao longo de três anos, tivemos um aumento significativo em uma das ciclovias mais importantes, construída no centro financeiro da cidade”, mencionou.