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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Marcelo Tognozzi > O circo de bolso
ColunistaMarcelo Tognozzi

O circo de bolso

Marcelo Tognozzi
Ultima atualização: 17 de julho de 2022 às 00:50
Por Marcelo Tognozzi 3 anos atrás
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Thomas Edison entendeu a relação entre política e velocidade quando chegou a Washington, naquela primavera de 1869, e foi direto ao Capitólio mostrar sua última invenção. Ele tinha 22 anos e uma pressa movida a testosterona, adrenalina e tudo o mais capaz de transformar inquietação em genialidade. Edison era veloz. A velocidade retroalimentava sua capacidade criativa e sua ânsia incessante por resultados.

A última invenção era uma máquina de votar. Com um simples apertar de botões os congressistas decidiriam sim, não ou abstenção. Uma combinação de relés, fios, engates e engrenagens eletromecânicas moveriam as peças de um painel onde, em poucos segundos, o resultado de uma votação seria exibido. O jovem Edison imaginava proporcionar maior agilidade ao Congresso, aumentando a eficiência e produtividade dos deputados e senadores.

Mas um líder veterano jogou um balde de fria realidade no entusiasmo do inventor: “Meu jovem, isso é tudo o que não queremos. Sua invenção vai destruir a única esperança da minoria influir no processo legislativo”. A velocidade impediria uma negociação mais eficiente, permitindo a imposição pura e simples da vontade da maioria. O voto eletrônico demoraria mais de 100 anos para chegar ao Capitólio.

A relação entre a política e a velocidade se transformou nas últimas décadas. A partir dos anos 2000, surgiram as redes sociais e as campanhas passaram a ser cada vez mais digitais, fazendo da velocidade um ativo de poder. Hoje, este ativo é controlado não pelos políticos eleitos, mas pelos donos das ferramentas – ou técnicas como ensinou o professor Milton Santos – cada vez mais sofisticadas.

Na era das redes sociais, a velocidade virou commodity. Seu preço é proporcional ao tamanho do controle sobre quem não pode ou não consegue controlá-la, aquela maioria que anda devagar. Veja como o Google controla sua vida e você entenderá o que estou dizendo. Compare as cotações das big techs nas bolsas com as das empresas de bens de consumo ou alimentos e você perceberá o valor da velocidade.

A qualidade da velocidade é diretamente relacionada à capacidade de gerar fluidez por parte de quem a detém. Velocidades diferentes, valores diferentes. E disso mister Mark Zuckerberg entende muito, porque seu negócio é o monopólio da fluidez, com o Facebook, Instragram ou Whatsapp. Esta é a verdadeira face do poder do século 21, com a prerrogativa de censurar presidentes e mandatários, calar ou dar voz a políticos ou parapolíticos, saber tudo de todo mundo ao mesmo tempo. Conquistar pela velocidade e fluidez, ocupar pelo entretenimento produzido de graça pela audiência. No dia em que o mundo viveu o apagão das redes de Mr.Zuckerberg foi um caos apocalíptico.

A velocidade e a fluidez transformaram as redes sociais no circo de bolso da nossa era. Elas não produzem nada que não seja imaterial. Por ali fluem sentimentos mais ou menos intensos, ações e reações regadas a endorfina, noradrenalina e outras substâncias cuja reação físico-química se liga às nossas experiências, com sensações as mais diversas.

O modelo circo de bolso, o nível de solidariedade cada vez mais baixo e o culto ao individualismo deste século 21 produziram o empobrecimento em escala do homem comum, dos trabalhadores e pequenos e médios produtores, com menos benefícios sociais, menos oferta de emprego, de saúde e menos oferta de ensino público. Riquezas e pobrezas têm velocidades diferentes.

O general russo Valeri Gerassimov foi o 1º a entender e estudar estas transformações quando da primavera árabe, no início da década passada. Ele compreendeu velocidade e fluidez como ativos das guerras hibridas que viriam em sequência no teatro de operações do ciberespaço.

Estas guerras hibridas não usam armamentos convencionais, mas as mesmas velocidade e fluidez das redes sociais, capazes de mexer com sentimentos e hormônios, medos, inseguranças, desconfortos. Coisas que todos nós estamos sentindo durante a pandemia. Isso tudo vem acontecendo desde meados da década passada, interferindo em crises como as da Catalunha, Ucrânia e Criméia, nas fricções entre China e Estados Unidos e no intenso bombardeio da União Europeia contra o Brasil na questão ambiental.
É este o poder exercido na geopolítica mundial por quem detém maior capacidade de manipular velocidade e fluidez. Já foi usado para destruir o PT e seus aliados nos anos da Lava Jato, se voltou contra o lavajatismo, mira o governo Bolsonaro, como mirou o de Trump, o de Sebantian Piñera, ou o Brexit de Boris Johnson.

Somos um país onde a maioria esmagadora dos nossos 220 milhões de cidadãos possui ao menos um celular. Mesmo sem dinheiro para injetar crédito no chip pré-pago, as pessoas se plugam em qualquer wifi grátis e garantem sua dose diária de redes sociais onde, como no poema de Fernando Pessoa, ninguém leva porrada e todos são príncipes na vida. Neste circo de bolso a vida ganha sonho e entretenimento sem limites. Há de tudo para todas as idades, num volume de conteúdo inesgotável produzido por todo tipo de gente ou não-gente, os robôs.

Velocidade não é ativo compartilhado com a maioria, mas apenas entre quem entende o valor desta commodity. A maioria nem se dá conta. É o produto de uma era na qual o Bitcoin se impôs como meio de pagamento e moeda virtual supervalorizada, cuja cotação varia num ritmo alucinante. Para a maioria é veneno. Para os iniciados, um elixir.

Na campanha de 2018, vivemos pela 1ª vez, e com toda força, a era da velocidade e fluidez como elementos transformadores da política. A campanha na TV estava num tempo completamente diferente, de valor negativo, enquanto a campanha nas redes ganhou valor positivo pela maior fluidez. Nesta campanha de 2022 vamos viver tudo isso ainda mais intensamente, como aconteceu na última eleição americana.

A surpresa pode ficar por conta de uma parte dos ativistas políticos que abandonaram o on-line e voltaram para as mobilizações off-line, escapando dos rastreamentos e da força das ondas de fluidez e velocidade capazes de neutralizá-los. Nos protestos de 2013, as redes deram aos manifestantes a capacidade de manter o efeito surpresa, o que hoje não acontece. Haverá sempre um algoritmo para jogar de zagueiro. E agora é preciso driblar o zagueiro.

Diferente do tempo de Thomas Edison, a velocidade agora é capaz de calar adversários, domar a maioria e impor a vontade da minoria. Um poder rápido e incontrolável.

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