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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Marcelo Tognozzi > O encantador de poderosos…
ColunistaMarcelo Tognozzi

O encantador de poderosos…

Marcelo Tognozzi
Ultima atualização: 13 de novembro de 2021 às 16:19
Por Marcelo Tognozzi 4 anos atrás
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Cornaca seria um domador de elefantes. Mas é muito mais do que isso. Um elefante pesando toneladas e dotado de memória e inteligência raras, não pode nem deve ser um bicho domável. Por isso, um cornaca não doma; encanta o elefante. É assim que José Saramago conta a história do cornaca Subhro e do elefante Salomão na viagem que ambos fizeram de Portugal até a Áustria, em pleno século 16, quando o rei d. João 3º decidiu enviar o paquiderme de presente ao imperador Maximiliano 2º da Áustria, recém-casado com a filha do imperador Carlos 5º.

É uma história sobre as relações humanas de poder, de submeter-se sem ser submisso, de obedecer desobedecendo. Saramago nos mostra que nem sempre aquele que exerce o poder é quem o conduz. Aqui no Brasil temos um cornaca histórico, chamado José Bonifácio que, embora não fosse o detentor, atuou como condutor do poder da Casa de Bragança, quando d. João aqui chegou com sua corte e seu filho Pedro ousou transformar em nação o que era colônia.
Encanto é dom que vem de herança no sangue ou a alma traz consigo. Não se compra em venda, feira ou farmácia. Pode ser dom de entreter ou de seduzir. Pode ser os 2, o que é raro. Se o pai sabe entreter, é quase certo que o filho vingará prendendo nossa atenção para o riso ou para o choro, para o ódio ou o amor. Assim era Sebastião, um homem do circo. Piloto de globo da morte, arrebatava a plateia fazendo todo tipo de peripécia com sua moto naquela gaiola redonda. A fumaça, o barulho, a coragem de girar a toda velocidade, estonteavam o coração das moças dentro e fora do picadeiro.
Sebastião, mineiro de Caratinga, encantou Amélia, a moça nascida em Formiga que encantou Sebastião. Eram como a lona e o picadeiro: um não poderia existir sem o outro. Ele um dia ouviu um conselho: “Larga esse globo, menino; isso é um perigo. Você morre e ela fica sozinha no mundo”. Largou, mas não foi por pouco. Sebastião tinha um ídolo, o campeão mundial dos pesos pesados Jack Dempsey. Era um boxeador completo e o inspirou trocar a vida de piloto pelos ringues no fim daqueles anos 1940.

O amor floresceu e Amélia estava grávida quando Sebastião levou-a mundo afora numa turnê com sua companhia. Os 2 foram parar em Curitiba. Ela sentiu as primeiras dores do parto no dia 27 de julho de 1952, no meio do inverno. Naquela época era dureza, o frio intenso congelava a água nos canos e, não raro, as temperaturas caíam fácil abaixo de zero na capital do Paraná. Amélia deu à luz um moleque forte, branquelinho e olhos azuis como os filhos da alemãozada paranaense. O nome? Sebastião não pensou duas vezes: Jack, como seu herói dos ringues.

Não se sabe se foi o choque térmico, a providência divina ou a combinação dos 2, mas o filho de Sebastião e Amélia com nome de lutador veio com o encanto por herança de sangue e dom trazido na alma. Jack Correa nasceu sabendo. A vida lapidou, sofisticou, fez daquele mineiro, por obra do acaso nascido paranaense, um encantador.

Com 20 e poucos anos Jack foi trabalhar na Fiat. Os italianos estavam desembarcando no Brasil e decidiram pegar o caminho das Minas, ao contrário das outras montadoras estabelecidas em São Paulo. Ali, ele seduziu e encantou organizando a festa de inauguração da Fiat em 1976. Caiu nas graças de Nestor Coelho de Santana, chefe do cerimonial do Palácio da Liberdade. Nestor foi a liga que uniu o mais mineiro dos paranaenses ao mais mineiro dos piauienses, o então governador Francelino Pereira, nomeado pelo governo militar.

Francelino ensinou a Jack a política como ela é, o detalhe, a astúcia, lições de traição e magia da sedução. Jack virou pupilo do governador. Aos 26 anos de idade, nos idos de 1978, começava a carreira de encantador de poderosos. Quando Francelino passou o cargo para o governador eleito Tancredo Neves, Jack estava lá supervisionando tudo, porque, como ele gosta de repetir, o eterno monitoramento é a garantia da paz.

Na hora de passar as tropas em revista, um Tancredo meio desajeitado foi socorrido por Jack Correa, a pedido da primeira-dama dona Risoleta. Entrou no Palácio de braço dado com o governador. Só não ficou no cargo, porque falou mais alto sua sensibilidade e firmeza.

Voltou para a Fiat, mas desta vez para chefiar o escritório de Brasília. Fez mestrado e doutorado como encantador de poderosos até ser descoberto pela Coca-cola. Os americanos contrataram um headhunter para levar Jack. O sujeito deu tanta volta, fez tanto segredo, que um dia o espírito do Jack Dempsey baixou com um sonoro e direto “chega, ficamos por aqui”. Foi a senha para levarem Jack para a Atlanta, de onde voltou contratado como vice-presidente institucional.

Durante 21 anos trabalhou duro. Encantou poderosos de todos os tipos e tamanhos. Da ministra Zélia Cardoso de Mello a Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado do governo Bush. Ou o grande amigo Roberto Carlos. Sua trajetória como profissional de lobby é um marco de boa reputação, numa época em que lobista era confundido com picareta e vice-versa. Jack sempre foi litúrgico no quesito compliance, atravessando ileso os tempos sombrios em que lobistas eram presos acusados das mais variadas tramoias.

Poucos homens no Brasil entenderam tanto e tão perfeitamente o poder como Jack Corrêa. No próximo 9 de novembro ele lança seu novo livro “Lobby Stories”, que pode ser comprado na Amazon. São mais de 40 anos de boas e deliciosas histórias sobre relações humanas, seduções e principalmente encantamentos. Como o cornaca de Saramago, Jack soube submeter-se sem ser submisso e desobedecer obedecendo. Não era dono daquele bicho poder indomável, pesando toneladas. Mas soube entretê-lo e seduzi-lo, levando para o picadeiro da vida a lição que Sebastião ensinou no picadeiro de lona. Com uma diferença: ao contrário do globo do velho, o de Jack nunca teve grades nem limites.

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Marcelo Tognozzi 13 de novembro de 2021 13 de novembro de 2021
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