A respeito de LIVRE ARBITRIO e DESTINO. (motivo de comentários acalorados numa página de filosofia)
A maioria não acredita em nada disso, outros tantos acreditam, e assim o assunto altamente provocativo segue incognoscível, complexo, polêmico e sem solução. Há uma explicação plausível, que contente Gregos e Troianos. Até o conceito de destino e livre arbítrio sofrem da “Teoria da Relatividade”.
É o livre arbítrio, quando mal interpretado, que nos leva ao destino outro. Provoca ou é provocado pela ignorância, um mau agouro, a causa de todos os males. O livre arbítrio não é licença para fazer o que quiser e qualquer hora.
Modestamente, todavia, creio que eu tenha uma solução para esse dilema ou melhor, uma tese; a ordem seria usar o livre arbítrio da maneira correta; não pode ser um jogo de azar; uma roleta russa.
Acredito piamente, que quando DEUS criou o homem e ao lhe dar o LIVRE ARBÍTRIO e assim, o seu destino, o fez a SUA imagem e semelhança, dando-lhe um “KIT de sobrevivência” na terra: a mulher e a natureza para serem bem usados.
O livre arbítrio seria a sua “bússola”. Deus teria lhe deixado os 10 mandamentos, e as explicações nas parábolas de Cristo seriam o operacional desses mandamentos. A conduta do homem está bem explicada nesses sagrados e intrigantes textos, pois a segui-los, o homem tornar-se-ia previsível, ou seja, o seu caminho da paz, saúde, prosperidade, da realização pessoal e familiar e a felicidade ocorreriam certamente.
Ocorre que, infelizmente, influenciados por estranhos ou felizmente, fortemente influenciados por quem tu amas e és amado, isso interfere nessa “bússola”, sendo capaz de mudar o curso de um rio, portanto o teu destino, posto que tu, que caminhavas de um jeito e numa direção alteraste o percurso.
Parece que, filosoficamente ou transcentalmente, o teu destino já estava traçado por esses estranhos e imperceptíveis caminhos, ou seja, por mais que te mexas, no final das contas, o destino chega à tua porta, completamente diferente daquilo que planejavas, alheio às tuas decisões, portanto o livre arbítrio.
Para completar, frequentemente, nosso juízo valorativo depende muito do nosso estado de humor, às vezes, instável, como bússola descalibrada. Assustador, não? Por que te digo isso? Ao longo de minha vida médica, atendi milhares de seres humanos com toda sorte de sofrimentos, de vida bela ou feia; brinco com a clientela, admirada com minhas previsões, que já vivi milhares de anos através de suas vidas.
Sofri metaforicamente o que eles sofreram; tive câncer metastático, me separei, perdi mulher, enterrei meu filho, tornei-me incapacitado para o trabalho, um alcoólatra, inválido num leito hospitalar, fui abandonado pela família e etc. Assim, senti na pele a vida alheia e por lhe ser empático, sofri muito mais, mas certamente só a ideia de que são os grandes dramas humanos, pois minha bússola moral e ética, muitas vezes instável, sempre funcionou nos momentos decisivos, quando tive que tomar uma decisão séria e importante.
É nessa hora que DEUS deve dizer: essa alma tem salvação e nos dá uma segunda, terceira chance, por sentir que aquela alma desviada pelo livre arbítrio, ainda tem salvação. Outras já não tem mais.
A maioria das pessoas só percebe os acidentes da vida provocados por desvio de percurso, alguns por incidentes, quando tomaram a decisão errada, fazendo uma retrospectiva, geralmente, tardia, quando não há mais retorno. Em muitos casos, é tarde para consertar.
A saída, como médico, digo a clientela: “olha, como nos anúncios da NIKE – faça a coisa certa moral e eticamente correta, e isso não pode ficar completamente refém do livre arbítrio ou do progressismo e seu relativismo moral Capisce?
