E para não bastar tudo isso, tivemos o APAGÃO em nosso Estado, o que ratifica a situação de abandono com o povo do Amapá. Na noite do dia 03 de novembro, acerca das 20h30min sob forte temporal de chuva e raios, a subestação de distribuição de energia elétrica do Estado do Amapá teve seu único gerador em funcionamento destruído pelo fogo, que segundo laudo da Polícia Técnica não fora ocasionado por descarga atmosférica, apontou a causa do incêndio a queima de uma bucha.
O fato é que por longos 20 dias, o Estado ficou na escuridão, tendo sua população submetida a rodízios de desligamentos da energia, provocando as mais variadas situações de calamidade pública, sem energia elétrica, sem água, os alimentos estragando nas geladeiras, prejuízos a todos, sofrimento, revolta, assaltos, aumento abusivo dos preços dos produtos básicos, fome, casas queimadas e ainda um apagão dentro de outro apagão, um verdadeiro caos, tudo isso em plena Pandemia.
E o que não se viu foi vereadores, deputados, senadores, e governantes locais solucionar o problema e a maioria tinha desconhecimento sobre a empresa ISOLUX, responsável pela manutenção e distribuição da energia elétrica, que também nada fez antes, muito menos agora. Vi muitos dizendo para o Brasil lembrar do Amapá, e os nossos representantes lembram? Você lembra quando vota? Pensa no seu município, no seu estado ou nos favores que pretende receber? Onde está a capacidade do povo amapaense de reagir e se indignar com esse descaso e lama de incompetência?
Hoje, 29 de novembro de 2020, já estamos com a energia restabelecida nos lares amapaenses, pelos esforços do Governo Federal que nos socorreu. Contudo, nosso sofrimento não para por aí, infelizmente a falta de um planejamento real nas condições e necessidades de nossa capital no que tange a sua natureza de infraestrutura e saneamento urbano, nos revelou a falta de seriedade e compromisso com o erário público, uma vez que tivemos em vários bairros “obras” com colocação de tubulações para vasão da água, provocando uma desordem no tráfego dos carros e pedestres, capeamento asfáltico em ruas e avenidas com asfalto ainda em bom estado, e tudo isso a população suportando em meio a Pandemia e Apagão, na crença de melhorias e investimento com retorno ao povo.
Puro engano, pois o que vimos na primeira grande chuva após o termino destes serviços, foi a cidade de Macapá com os pontos de alagamento rotineiros multiplicados em todos os bairros, que receberam as chamadas “obras nas vias urbanas”, simplesmente as águas da chuva não tiveram por onde ser escoadas, invadiram casas, comércios, áreas de lazer, ruas e avenida, mais uma vez a população de Macapá passando por uma tormenta, além da Pandemia, apagão e agora enchente e em trechos da cidade que nunca tiveram ou enchente ou alagamento, e com novamente a saúde em risco.
Isso só mostrou a verdade o “descaso” e o tipo de serviço dispensado ao povo de Macapá, sem total compromisso e seriedade com quem mais precisa, como áreas que tinham recebido as obras de pavimentação há poucos dias estavam justamente provocando resultado inverso? Como o asfalto colocado em setembro e outubro desfez-se na água? No mínimo, a falta de Planejamento adequado, conhecimento, descaso, como diz o ditado popular “Obra para inglês ver” e quem ganhou com isso? A população de Macapá? Ao contrário ficou sujeita a mais humilhação.
Definitivamente, o povo de Macapá precisa ACORDAR, sair da invisibilidade, dar um basta na CORRUPÇÃO, nestas eleições NÃO venda seu voto, aprenda a votar, NÃO vote em ficha suja, pesquise sobre os candidatos e faça sua escolha. NÃO podemos mais admitir arremesso de responsabilidade entre as incompetências de gestão, irresponsabilidades e negligências dos governantes. O povo precisa fazer de seu VOTO sua VOZ, e que todo esse sofrimento de tragédia que vivenciamos nos instrumentalize e nos fortaleça para ruptura de oligarquias políticas. NÃO seja um zumbi social, NÃO se permita o choque do esquecimento e no próximo dia 06 de dezembro faça a FAXINA POLÍTICA que Macapá merece.
Cacá Oliveira
Publicitário, radialista, comunicador, escritor e Diretor Regional/Norte da
Associação dos Profissionais de Propaganda / APP – Brasil.