O nordeste deu ao Brasil a honra e o privilégio de ter grandes brasileiros como Raquel de Queiroz, Dias Gomes, Ariano Suassuna, Celso Furtado, Maílson da Nóbrega, Castro Alves, Gonçalves Dias, Dorival Caymmi, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar, Elza Ramalho, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Zé Ramalho, Fagner, Belchior, Raul Seixas, João Cabral de Melo Neto, João Ubaldo Ribeiro, João Gilberto, Maria Quitéria, Maria Betânia, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Geraldo Vandré, Paulo Freire, Chico Anísio, Tom Cavalcante, Augusto dos Anjos, José Lins do Rêgo, Aluísio de Azevedo, Juliano Moreira, Rui Barbosa e muitos outros notáveis homens e mulheres, nomes que enriquecem o país, dando-nos o verdadeiro sentido de nação e brasilidade.
Todavia, por obra do destino, lamentavelmente, tal verdadeiro “Iluminismo Nordestino” não foi capaz de levar ampla riqueza humanista com elevados níveis de bem estar social e imaterial à toda região.
A explicação pode estar no fato de que, paradoxalmente, alguns desses eminentes brasileiros são egressos da mesma elite nordestina, que repudiamos ou passarem a engrossá-la naturalmente, retroalimentando o ciclo vicioso da exploração humana, incapazes de exterminá-la, uma vez cooptados ou subjugados pelo poder vigente.
A maioria de verve humanista ou cristã, o curioso é que, muitos identificam-se como “marxistas”, todavia, contraditoriamente, vivendo no farto seio da democracia e capitalismo.
O nordestino continua órfão à espera de um salvador da pátria e este, parece ter escolhido o LULA, apoiado por uma elite fisiologista. A crônica falta de água e alimento e, principalmente, a perversa indiferença e o alheamento perpetrados pelas históricas elites econômicas, políticas e sociais nordestinas, perpetuando um modelo de exploração do homem, foram mais poderosos para abater o moral do nordestino, que ainda resiste por conta de DEUS. Alguém duvida ou relativiza isso?
Dolorosamente, abandonado à própria sorte, isso tornou o nordestino comum um ser humano condenado à subnutrição educacional, mental e intelectual, distorcendo sua emocionalidade, onde ética e moral parecem vagar perdidas pelo sertão, em meio a vasta cultura subaproveitada, tal qual uma miragem, sendo este incapaz de fazer um adequado juízo de valor, quando elege repetidas vezes, representantes que perpetuam a sua sina maldita: a miséria humana, cantada em Asa Branca”.