Há outras crenças, em todas a mãe está presente.
Kuan Yin, a Bodhisattva da Compaixão, a deusa da Misericórdia, lá no Oriente olha e zela pelos filhos amados, são múltiplos seus nomes, assim como no Ocidente os de Nossa Senhora.
Nos píncaros do Tibete seu nome ecoa em preces nos mantras da Tara Verde, a libertadora! A amorosa deusa da Cura.
Quando? Onde? Quem?
E qual o motivo então da intolerância que nestas eleições, 2022, explodiram de todos os lados, de todas as cavernas, de todos os setores da sociedade? Um país dividido, rachado, sangrando…
Sobram palavrões e ofensas de todas as cores.
Faltam o respeito, a argumentação, o bom-senso e as boas práticas de convivência.
Há um rastilho de ódios acumulados, de arrogâncias petrificadas …
Há uma escassez enorme de solidariedade, de amor e sabedoria, de compreensão…
Sobram pontapés, chutes e empurrões verbais e, inclusive, físicos.
A mentira “rola solta” e em grandiloquente discurso.
E a verdade? Esta foi menosprezada.
Ouse confrontar opiniões diferentes. Ouse e verás quantos monstros surgem das trevas de nossa inconsciência do tecido social de nosso país. Monstros nossos e alheios.
Nossa Senhora, rogai por nós brasileiros. Nós que nos creditávamos como um povo bom e descobrimos diante da adversidade uma face tenebrosa em ascensão…
Os velhos ranços, as antigas e presentes frustrações, as omissões, as ambições de poder pelo poder e , principalmente, as arrogâncias cultivadas no escurinho do verniz da civilidade explodem na falta de empatia, na ausência total de modéstia.
Ou talvez devêssemos dizer na falta de humildade, de amor-próprio, de autoestima… Ninguém dá o que não tem.
Um povo que optou pelos extremos, a opção já está feita, este povo está em desequilíbrio, em desarmonia?
Será pela falta de valores humanos verdadeiros?
Um bom momento para refletir.
Que a energia do amor das deusas de todas as crenças, sejam Tupis ou Guaranis, símbolos do paciente e balsâmico amor de mãe, nos envolva e nos dê lucidez para seguir… Seguir em paz!