Candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal se complicou após ser desmentido por Donald Trump sobre uma carta que teria sido enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos ao ex-coach depois de levar uma cadeirada de Datena durante um debate. Marçal apresentou uma carta que, na verdade, foi enviada por uma assessora de Trump a um amigo do ex-coach, Alex Barata, e não cita a cadeirada. O contato inicial, indica o documento, partiu da própria equipe de Marçal, que teria demonstrado interesse em fazer contribuições financeiras para a campanha de Trump.
Além de a carta não ter sido enviada por Donald Trump, o conteúdo apresenta um tom bem diferente daquele que foi citado por Marçal na segunda-feira (23/9). Segundo o ex-coach, Trump “lamentou bastante” a cadeirada dada por Datena.
“O Trump que é um cara que sofreu também um atentado agora. Cada um na sua escala, né? O presidente dos Estados Unidos é bala de fuzil, o Bolsonaro é faca e a prefeitura de São Paulo, que é mais baixo um pouquinho, só a cadeirada por enquanto”, disse o ex-coach.
A coluna entrou em contato com o porta-voz e conselheiro sênior na campanha de Trump à Casa Branca, Jason Miller. “O presidente Trump não enviou nenhuma carta do tipo”, afirmou Miller, categoricamente.
Na carta divulgada por Marçal após a reportagem da coluna, a assessora de Trump Bethany Movassaghi indica que o contato inicial partiu do amigo de Marçal, Alex Barata, com o interesse em contribuir com a campanha do ex-presidente nos EUA, chegando a sugerir uma doação em dinheiro após elogios protocolares ao candidato.
“Obrigado por atrair o interesse do Sr. Pablo Marçal para apoiar o presidente Donald Trump. Esperamos que entenda nosso raciocínio para examinar todas as apresentações, e seu trabalho na construção desse relacionamento é fundamental para que possamos aprovar essa parceria no futuro”, diz a assessora de Trump.
Com informações de Metrópoles