Ligo a TV e outro voo se anuncia. José Celso Martines Corrêa em acrobático lance faz um looping em direção ao ninho originário ou, talvez, ao palco do imorredouro brilho, do nascedouro dos sonhos e das fantasias encenadas e perpetuadas na ilha de Vera Cruz ou no planeta Azul de Yuri Gagarin em voo elíptico, percurso circular, libertador dos conceitos fanáticos dos “terra plana” falares.
Foi transgressor, inovador, revolucionário sem armas – amava o amor. Sabia romper as barreiras dos preconceitos tortuosos do “status quo” opressor com o verbo criador da dramaturgia encenada, da cultura resgatada, do pensamento provocado ou ouriçado com alegrias e dor. No mundo, mundo trágico mundo, viveu com intensidade e trabalho até o último dia da noite terrena das suas oito, quase nove, décadas regadas com cultura, arte e talento de quem se integra ao torrão para expressar o cosmos ou sua cosmovisão.
Sim, Zé Celso voou para além de nossos olhares… Espalhando nos ares a conclusão signatária, resumo de essências de toda uma vivência sem medo de ser feliz, “A cultura, e não a macroeconomia, é a infraestrutura da vida, a energia propulsora. A macroeconomia está fazendo mal à humanidade. Quando o indivíduo, por meio da cultura, desperta para a autopercepção de que é livre, na hora ele sai da miséria”.
(Fonte: https://citacoes.in/autores/jose-celso-martinez-correa/)
Lá fora observo a sabiá leve, livre e solta a voar com o sabiá seu marido… Cantam em harmonia festejando a vida, espalhando alegria ao avivar o jardim. Trazem em seu nome um vernáculo Tupi, memória ancestral, respeito cultural. Ave sagrada para os povos originários, ave símbolo da aldeia multiétnica chamada Brasil.