Paulo Guedes – antes de sentar na cadeira de ministro da economia – tinha solução pronta para todos os problemas, não como teses, mas como práticas que assegurava que o país iria experimentar o maior crescimento de sua história. Falava pelos cotovelos, ridiculariza tudo que já havia sido feito na economia do país. Como é bem-sucedido nas operações do mercado financeiro, suas manifestações eram recebidas como certezas de que o país tomaria o rumo certo. Tudo balela! Paulo Guedes, como senhor absoluto da economia brasileira, sequer conseguiu manter sua equipe de colaborares que saiu insatisfeita com o comportamento amador do chefe. Na prática, se fosse jogador de futebol, jogaria um futebolzinho mequetrefe, sem ter domínio dos principais fundamentos do esporte: passe ruim, mata na canela, cabeceia horrivelmente, drible ingênuo, chute fraco e sem direção, próprio de menino rico que quer porque quer jogar futebol.
A saga de Paulo Guedes na direção da economia do país, parece o recente desempenho do treinador de futebol Renato Gaúcho na direção do Flamengo. Antes de assumir a direção técnica do Flamengo, Renato Gaúcho, com sua simpatia e ironia habitual, dizia que dirigir o Flamengo era fácil, afinal, com orçamento gigantesco, excelentes jogadores, grande e apaixonada torcida e uma diretoria eficiente, era só jogar o anzol que o peixe viria. A realidade do falastrão do futebol na direção do clube foi um fiasco. Seu desempenho foi abaixo dos piores treinadores que o clube já teve. Conseguiu, com rara maestria, fazer com que o clube, não ganhasse sequer um título dos inúmeros que disputou durante sua gestão. Na verdade, constatou-se que Renato Gaúcho, conquanto já tenha conquistado muitos títulos como treinador, não estava à altura para dirigir o poderoso Flamengo com suas atuais vantagens competitivas.
Paulo Guedes é o Renato Gaúcho da economia. Fala muito, faz pose de competente, arrota arrogância de grande economista, contudo, não está à altura para conduzir a poderosa economia brasileira. Bolsonaro tem que ter a coragem da diretoria do Flamengo e tirar Paulo Guedes antes que ele transforme um leão da economia como é o Brasil num inofensivo gatinho de madame. O Brasil é grande demais para ficar na zona de rebaixamento da economia mundial e não merece a direção de Paulo Guedes. A ele, resta a sempre lembrada frase de Hermann Hesse: “muitos se têm na conta dos perfeitos, porque são pouco exigentes consigo mesmos”.