“A gente estava assistindo a um filme. No primeiro barulho, eu assustei, levantei da cama e fui ver o que estava acontecendo. Perguntei para o meu pai e ele tinha escutado também. Eu pensei que era o vizinho e voltei a deitar. No segundo barulho, a gente olhou para fora e os moradores gritavam assustados. Descemos correndo só com a roupa do corpo”, relatou Francisco Stancati, que reside no prédio evacuado nesta terça-feira (13), na Praia Grande.
Francisco é vidraceiro e mora na avenida Jorge Hagge, número 80, no litoral de São Paulo. O endereço é do Condomínio Giovannina Sarane Galavoti, prédio evacuado na última terça-feira (13) depois que técnicos da Defesa Civil identificaram um colapso estrutural em três colunas da edificação.
“É assustador, principalmente a parte das escadas com os idosos, os moradores descendo, foi tudo bem assustador”, relembra Francisco do momento da evacuação.
Até o momento, os moradores não têm previsão para voltar aos seus apartamentos e o prédio está sendo sustentado por estacas de ferros, que vão do chão ao teto da garagem.
“Ontem eu tive que ligar para um amigo para gente ficar provisoriamente numa casa. Até então nem a construtora e nem o síndico deram suporte de moradia ou um suporte financeiro. Não temos previsão de entrar no prédio”, diz Francisco.
Francisco relata que um vizinho contou que não tem lugar para ficar. “Foi uma situação inesperada, ninguém estava esperando que o prédio ia ter esse problema”.
A JR Construtora, responsável pela obra, disse à reportagem, por telefone, que deslocou engenheiros e técnicos para o local. “Tão logo tenhamos os laudos, todos serão comunicados”, diz a empresa.
Com informações CNN
