De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do litro do QAV acumula alta de 64,3% só no primeiro semestre deste ano.
“Esses dados comprovam a pressão diária que as empresas enfrentam com a alta dos custos estruturais, especialmente o preço do QAV, que tem sido impactado pela alta da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, por causa da guerra na Ucrânia. A valorização do dólar em relação ao real também é um desafio cotidiano, já que metade dos custos do setor é dolarizada”, destaca o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
De acordo com os dados divulgados pela Petrobras, a região que registrou o maior aumento foi Duque de Caxias, município do Rio de Janeiro, com aumento de 11,29%, seguido por Betim, em Minas Gerais, com 11,14%.
A Abear destaca que “não faz sentido a parcela produzida no Brasil ser precificada pelos mesmos critérios do insumo importado”. O QAV produzido em solo brasileiro corresponde a 93% (ou 4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do combustível consumido no país, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
Mesmo com a produção brasileira superior aos 90%, o insumo é precificado em dólar, o que influencia diretamente no preço final do produto.
A Abear afirma que o QAV possui um grande potencial para a aviação, já que, corresponde a mais de um terço dos custos totais das companhias.