Uma cerimônia no Super Fácil de Santana, marcou a entrega de placas de atendimento preferencial com o símbolo do autismo, para instituições públicas e comerciais. A iniciativa é do Governo do Amapá e atende à Lei 2170/2017, de autoria da deputada estadual Marilia Góes, que obriga estabelecimentos públicos e privados do estado a incluírem a figura do quebra-cabeça, símbolo mundial do autismo, nas placas de atendimento prioritário e também a afixação de placas educativas contendo informações sobre o tema e frases sobre os direitos das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Escolas, empresas privadas, instituições públicas e clínicas médicas aderiram à inclusão e foram ao Super Fácil receber as placas. “Basicamente, trabalhamos com clientes preferenciais, e, para nós, é um privilégio incluir mais essa marca entre nossas prioridades”, falou o diretor executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Camecran Silva.
Para a presidente da Associação Santanense de Pais e Amigos de Autistas, Cristiane Barbosa, a importância das placas está, principalmente, na informação. “Muitas vezes, a mãe de um autista está na fila e é discriminada, porque o autismo não está na cara, não é visível, então, com essa identificação, essas pessoas serão mais respeitadas”, acredita Cristiane.
O Super Fácil foi escolhido para sediar a cerimônia de entrega das placas por ocasião do trabalho que desenvolve em atenção às pessoas com autismo e seus familiares. Há uma semana, a unidade da Zona Oeste, em Macapá, que emite carteiras de identificação do autista, inaugurou a Sala TEAcolho, para atender e cuidar das famílias de pessoas com a síndrome. A entrega do espaço aconteceu durante programação voltada para esse público, e foi lembrada pela diretora-geral do Super Fácil, Luzia Grunho.
“Em abril, fizemos a Semana TEAcolho, e foi um sucesso. Agora, participamos da entrega dessas placas. Para nós, é uma honra fazer parte da história de conquistas dessas pessoas”, falou Luzia.
Algumas placas foram entregues durante a cerimônia e outras serão enviadas a representantes de instituições públicas e privadas ao longo da próxima semana. “A gente até imagina o que essas famílias sentem, mas não sabemos de fato. Existem inúmeras síndromes, algumas que nem conhecemos. Com o autismo, eu pude perceber a diferença nas relações mais simples entre crianças e jovens. Essa placa também é uma forma de eles dizerem ‘ei, estamos aqui’. Faço isso como missão, como mãe e podem contar comigo”, declarou a deputada Marilia Góes, autora da lei.