A investigação obteve acesso a áudios em que comprovam que o PM tinha ligações com o miliciano mais procurado do Estado, Wellington da Silva Braga, o Ecko, e que também se associava a traficantes como Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca.
Ecko encomendou o assassinato de de MC Poze por R$ 300 mil.
“Tô de serviço hoje, vou pegar a viatura e vou ficar em volta da Nova Holanda. O que tiver saindo aí, de bom, inclusive o Poze, tu me dá ideia e vê por onde ele vai sair, como ele vai sair. O que pegar tu vai entrar na divisão, pô, pra gente colocar uma prata no bolso, o que tu acha? Só o Poze, ele vale 300 mil no Ecko”, diz Igor no áudio.
Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze, é suspeito de envolvimento com o tráfico e teve a prisão preventiva decretada em julho deste ano, mas o pedido foi revogado pela justiça.
A polícia também teve acesso há um áudio em que o PM fala sobre o plano de um roubo milionário.
“Vamos dar o bote amanhã na casa. Eu, você e o Vacão. Três cabeças, 900 mil, 300 mil pra cada um. Cada um vai tirar 70 mil e dar pra Carla, com a Cris e a Loira. Cada um vai ficar com 230 mil”, diz o PM no áudio.
A suspeita é de que a vítima desse roubo seria uma idosa que havia recebido um seguro de vida.
O delegado Delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Moisés Santana, declarou que os criminosos, literalmente, passeavam pelo código penal praticando diversos tipos de modalidades criminosas, violentas, e o chama a atenção é a associação [do grupo criminoso] tanto ao tráfico quanto a milicianos.
Ainda segundo o delegado, o grupo agia com muita violência e aliciava civis para auxiliarem no planejamento dos roubos.
Outro policial militar além de Igor foi preso, um guarda municipal e três PMs estão foragidos.